Cortejo 2 de Julho – Professoras/es das UEBA ocupam as ruas por respeito a direitos trabalhistas

O Movimento Docente das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) segue unido, em luta e com disposição para defender os direitos da categoria docente, que constam no Estatuto do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia. Essa foi a mensagem das professoras e dos professores da UNEB, UEFS, UESB e UESC, no Cortejo 2 de Julho, ao Governo do Estado.
Coesos no bloco do Fórum das ADs, as/os manifestantes ocuparam as ruas e foram em marcha da Lapinha ao Pelourinho. Por meio de camisas, cartazes, faixa e panfletos da campanha “Direito se cumpre!”, dialogaram com a população e denunciaram as centenas de promoções, retidas pela SAEB, às quais as professoras e professores têm direito. O protesto também chamou a atenção da imprensa.
Professora Karina Sales foi entrevistada durante o Cortejo
A Coordenadora Geral da ADUNEB e do Fórum das ADs, Karina Sales, reforçou que o Cortejo 2 de Julho é uma marcante manifestação cultural que remete às lutas contra todas as formas de opressão. Assim, o Movimento Docente foi às ruas com o grito de que direitos trabalhistas precisam ser cumpridos. “Estamos com quase quinhentas professoras e professores de todas as universidades estaduais da Bahia nas filas de promoção. Outros direitos nossos também têm sido deixados de lado, por isso é preciso sempre estarmos atentos e atentas e fortes, como os caboclos e as caboclas e seguirmos na luta e em luta”, afirmou a professora.
Docentes reivincaram promoções e respeito aos direitos trabalhistas
Apoio da população
Professora da UNEB do Campus de Jacobina, Amália Cruz esteve no Cortejo e participou da panfletagem realizada para dialogar com a população, principalmente sobre os acordos firmados com o Governo do Estado, no ano passado. “Fizemos uma greve exitosa, em novembro (2024). Dessa greve derivaram conquistas, a exemplo do programa Pró-Itinerância. Porém, um dos acordos o governo ainda não cumpriu, que foi zerar a fila de promoções”. A professora Amália completou: “As pessoas com as quais eu falei salientaram que as professoras e os professores deveriam ganhar melhor, deveriam ser mais valorizados. Somos nós que formamos outras profissões. Por esse ponto de vista, a população está do nosso lado e compreendendo a situação”.
Professora Amália Cruz durante a panfletagem
Apoio estudantil
Além da população, a manifestação das UEBA no Cortejo 2 Julho teve o apoio estudantil, a exemplo das alunas e dos alunos do Curso de Comunicação Social do Campus da UNEB de Juazeiro, que para participar da atividade viajaram cerca de 9h. Junto com as/os estudantes estava o professor João Borges. “É fundamental a sensibilização dos estudantes com relação à pauta do Movimento Docente, para que todas e todos possam compreender que se trata de uma luta que une a todos. É a luta em defesa da universidade pública, do ensino gratuito e de qualidade. Os estudantes constituem um público beneficiado pela existência dessa universidade e pelas lutas que as professoras e os professores têm empreendido ao longo dos anos” encerrou Borges.
Veja mais fotos no álbum do Facebook da ADUNEB.
Delegação de Juazeiro - Estudantes e professor João Borges
