ADUNEB se solidariza com a professora Sueli Santana

A ADUNEB vem a público manifestar sua solidariedade à professora Sueli Santana que denunciou ter sido apedrejada por alunos após aula de cultura afro-brasileira, em Camaçari, região metropolitana de Salvador. A agressão, que aconteceu em outubro, na Escola Rural Boa União, e teve repercussão nesta semana, está sendo investigada pela Polícia Civil. 

Mulher, preta e de religião de matriz africana, a professora já vinha sofrendo violência verbal de estudantes. Além disso, após queixas de pais de alunas(os), havia sido orientada pela Secretaria Municipal de Educação de Camaçari a não utilizar o livro ABC dos Povos Africanos, que estava previsto como material de aula. 
 
Racismo, intolerância religiosa e violência são crimes que não podem passar despercebidos pela justiça. Segundo o IBGE, em 2023, a Bahia atingiu a marca de 79,5% de população autodeclarada negra. Como pode um Estado constituído social, economica e culturalmente pelas raízes afro-brasileiras ver frequentes relatos e denúncias desse tipo de crimes? O que faz com que aqueles que cometem esses crimes sigam se sentindo à vontade para cometê-los? Seria a certeza da impunidade de uma justiça comandada, majoritariamente, por pessoas que não reconhecem suas próprias raízes? Violências como essa que sofreu Sueli e que sofrem tantos corpos pretos cotidianamente não podem ficar impunes e é preciso unir forças para combatê-los. Por isso, a ADUNEB, se soma a tantas outras instituições em solidariedade à Sueli Santana!
 
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