Docentes da UNEB realizam ato em Defesa da UNEB
Professoras e professores estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira no campus I da UNEB, em Salvador, para um ato em defesa da universidade. Em greve desde a última sexta-feira (27), em decorrência do descaso do Governo Estadual em garantir direitos básicos da categoria e da precarização das condições de trabalho e de educação, de bandeiras em punho, as/os docentes realizaram panfletagem e divulgação em carro de som das pautas que têm sido negligenciadas pelo governo nas negociações com a categoria.
Os campi de Salvador, Camaçari, Jacobina, Senhor do Bonfim, Eunápolis, Paulo Afonso, Guanambi, Alagoinhas, Euclides da Cunha, Barreiras, Conceição do Coité, entre outros, marcaram presença. Atualmente, todos os campi estão sem aulas devido à greve.
Além de informar a população sobre a greve, suas motivações e objetivos, docentes foram à Reitoria da Universidade a fim de cobrar retorno à solicitação de reunião com a gestão da universidade para tratar de questões da pauta interna, encaminhada à Reitoria pelo Comando de Greve juntamente com o Ofício de Deflagração de Greve na quarta-feira (25). Diante da pressão das(os) docentes a Reitora da Universidade recebeu representantes da categoria. Em breve, a ADUNEB irá divulgar as informações.
Reivindicações
Entre outras questões, mais de 160 docentes da UNEB têm suas promoções barradas pela SAEB. Da mesma maneira, inúmeros adicionais de insalubridade também são negados a professoras/es, que continuam a exercer suas funções em condições insalubres em laboratórios e outros espaços. Além disso, o movimento grevista reivindica o aumento do repasse orçamentário para 7% da Receita Líquida de Impostos, que nos últimos anos não chegou a 5%. Bem como, repudia a interferência do governo na autonomia universitária para a gestão acadêmica, administrativa e orçamentária, algo garantido pela Constituição Federal.
A categoria docente também considerou insatisfatória a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo na última mesa de negociação, que representa um aumento, acima da inflação, de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026. As previsões inflacionárias são do Boletim Focus. Segundo cálculos do DIEESE, a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%.