O 1º Encontro Estadual do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) aconteceu em Salvador, entre os dias 14 e 17 de junho, no Centro de Treinamento - CTN (antiga EBDA). A partir do tema central “Os desafios estratégicos para a construção de soberania popular na mineração”, lideranças do MAM, de movimentos sociais, populares, pesquisadoras/es de universidades e outras entidades, debateram assuntos relacionados à luta por um modelo mineral, soberano e popular. Entre os temas discutidos estavam a garantia de respeito à legislação ambiental, violações aos direitos nos territórios atingidos pela mineração, a exploração predatória e a evasão dos minérios nacionais por meio da exploração de empresas estrangeiras. Ciente da importância do tema, a ADUNEB apoiou o Encontro e marcou presença por meio do Coordenador Geral Clóvis Piáu.
Além do debate sobre a importância do fortalecimento e da organização das trabalhadoras e dos trabalhadores da mineração para resistir aos desafios impostos pelo Capital, o Encontro também se fez necessário pelo preocupante contexto estadual. Segundo o Relatório Anual de Conflitos da Mineração no Brasil de 2022, a Bahia é o quarto estado do país com maior incidência de conflitos relacionados à exploração mineral.
Professora Maryângela Lopes (roupa azul), docentes da UFBA, UFOP, representantes da Frente
Parlamentar Mista Ambientalista da ALBA e da direção nacional do MAM
Professora da UNEB de Juazeiro, Maryângela Ribeiro Lopes, que atua na área de Direitos Humanos e Direito Ambiental, participou do Encontro Estadual junto com outras/os pesquisadoras/es de instituições públicas de ensino. Para ela, a ciência produzida na UNEB, uma universidade afirmativa e inclusiva, deve servir especialmente na defesa do bem comum, do meio ambiente equilibrado, indo além dos muros da academia e contribuir com a construção de um novo modelo social. “O saber econômico, o saber acadêmico deve sempre alinhar-se ao saber popular na construção de uma nova forma de minerar, na forma de buscar construir a emancipação e a independência popular de construir na realidade uma nova sociedade”, explicou.
O Coordenador da ADUNEB, Clóvis Piáu ressaltou que o apoio da ADUNEB ao Encontro se deve ao empenho da seção sindical em atuar próximo aos movimentos sociais e em unidade com outros setores que constroem a resistência contra o neoliberalismo. “A luta é justa e merecedora de apoio. A riqueza produzida através da atividade mineral não pode ficar concentrada nas grandes empresas capitalistas. Urge a necessidade do fortalecimento de um modelo, que leve a soberania popular ao protagonismo, com equilíbrio ambiental, justiça social e econômica”, finalizou o professor.
Com informações Site MAM Nacional.