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Vale alimentação do TJ-BA é reajustado para R$ 1.900



 A insatisfação da categoria docente e do conjunto de servidores estaduais ganha nuances ainda mais contundentes com a recente notícia divulgada sobre o reajuste para R$ 1.900,00 do vale-alimentação de magistrados e servidores do Tribunal de Justiça da Bahia. Ainda que reconhecendo a legitimidade da conquista do direito por parte dessas(es) servidoras(es), a seção sindical vem a público manifestar sua indignação com a disparidade e o descaso com os quais vêm sendo tratadas as pautas do funcionalismo público do Estado, em especial as de professoras e professores.

"Em conjunto com o FAD, levamos em 2023 a questão do auxílio alimentação das(os) docentes em reunião com o Superintendente de Recursos Humanos da Secretaria de Administração (SAEB), Adriano Tambone que informou que todo o funcionalismo público do Estado recebia o mesmo valor e que haveria necessidade de um estudo aprofundado da viabilidade de qualquer reajuste", informou o Coordenador Geral da ADUNEB, Clóvis Piáu. Pauta esta que não avançou, assim como não tem avançado as demais reivindicações da categoria docente, entre elas, a da reposição salarial, que estão sendo veementemente negligenciadas pelo Governo do Estado da Bahia.

O valor do auxílio-alimentação do TJ-BA é maior que o atual salário mínimo. Ao trazê-lo para o cenário do ensino público superior, constata-se que é quase *o salário de um professor auxiliar, com carga de 20h, na Universidade do Estado da Bahia que, segundo a última tabela divulgada pela instituição, é de R$ 2.022,00*. Destaca-se também que hoje o auxílio-alimentação de um(a) professor(a) em regime de dedicação exclusiva (40h) é cerca de *sete vezes menor do que o dos servidores do TJ-BA*, considerando que recebem para esse fim o valor de R$ 264,00 por mês.  

Ao deparar-se com com essa situação se desvelam os tratamentos desiguais do governo estadual para com as/os servidoras(es); o descaso e a negligência com o funcionalismo público; a precarização da educação e a falta de prioridade da gestão estadual com o Ensino Superior, instância a qual o diálogo e as reivindicações vêm sendo constantemente negados. É preciso que a categoria esteja atenta, forte e mobilizada a fim de seguirmos pressionando o governo e lutando pelo devido respeito com o qual professoras e professores e todos as/os demais servidoras(es) estaduais merecem ser tratados e priorizados!