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Nota em defesa do presidente Lula e contra o genocídio imposto pelo governo de Israel à Palestina



 Palestina livre! Todas as vidas importam!

A Coordenação da ADUNEB vem a público manifestar solidariedade e defesa ao posicionamento político do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem sido criticado por setores sociais conservadores. A censura cometida, principalmente, por segmentos da direita e extrema-direita está relacionada ao discurso proferido por Lula, no último domingo (18), em que comparou o atual genocídio imposto por Israel ao povo palestino, na Faixa de Gaza, ao Holocausto nazista durante a II Guerra Mundial. O discurso do presidente aconteceu na Etiópia, durante um encontro da União Africana. 

O presidente afirmou em seu discurso: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”. Lula disse ainda: "Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças".

Como retaliação ao pronunciamento do líder da nação brasileira, o governo israelense de extrema-direita, de Benjamin Netanyahu, declarou Lula como “Persona non grata”, ou seja, uma pessoa que diplomaticamente não é bem-vinda em missões oficiais ao território israelense.

Para a Coordenação da ADUNEB, o pronunciamento do Presidente Lula foi correto, necessário e realizado com a coragem que, até então, nenhum outro governo no mundo havia feito. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de palestinos mortos desde a intensificação do conflito, em 07 de outubro de 2023, ultrapassa 28 mil vítimas, dentre esses estão milhares de civis, crianças e idosos. 

Isolamento

Ainda para a ADUNEB, a reação do Primeiro-ministro Netanyahu contra Lula tem como estratégia tentar realizar uma cortina de fumaça, desviando a atenção mundial do genocídio cometido. Desde a intensificação do conflito, o governo israelense vem paulatinamente sofrendo um isolamento internacional. Com exceção da Hungria, todos os outros 26 países da União Europeia já se posicionaram pelo cessar-fogo de Israel, em Gaza.

Apoio judaico

Até mesmo entidades judaicas se posicionaram favoráveis ao posicionamento do Presidente Lula, a exemplo da Articulação Judaica de Esquerda. Na rede social X, antigo Twitter, o coletivo afirmou: “É impossível, conhecendo os antecedentes e as medidas adotadas pelos nazistas, não comparar com a situação dos palestinos vivendo há 55 anos em condição apátrida e sob pogroms” (palavra russa que, segundo a Enciclopédia do Holocausto, refere-se a violentos ataques à população, em geral contra judeus). A entidade complementa: “Quando se menciona isso não se banaliza o Holocausto. Faz-se memória e justiça, restabelece-se a verdade e honram-se aqueles que lutaram e sobreviveram”. 

Crítica até nos E.U.A

Mesmo dentro dos Estados Unidos, o único país do Conselho de Segurança da ONU que apoia Israel e já vetou três vezes o pedido humanitário de cessar-fogo imediato, existem grandes entidades que se posicionam contra o genocídio cometido aos palestinos. O Sindicato Internacional dos Empregados de Serviços (SEIU), que representa aproximadamente dois milhões de trabalhadoras/es estadunidenses e canadenses, dos segmentos de saúde, serviço público e imobiliário, é um dos exemplos. Em nota, sua presidenta ressaltou a preocupação com a comunidade palestina na Faixa de Gaza, alvos das operações do exército de Israel. A informação é do site Opera Mundi.

Nesse contexto, importante ressaltar que a primeira das três propostas vetadas de cessar-fogo, pelo Conselho de Segurança da ONU, em outubro de 2023, foi de autoria do governo brasileiro. Além de E.U.A., pertencem ao citado Conselho Rússia, China, Reino Unido e França. 

Imprensa

Por último, a ADUNEB também se posiciona criticamente à cobertura tendenciosa sobre o discurso de Lula, realizada por grande parte da imprensa brasileira. Empresas de comunicação hegemônica, atreladas a interesses políticos e empresariais, tem distorcido os fatos na tentativa de potencializar o embate diplomático. Assim, buscam terreno fértil para fazer oposição política ao Governo Federal e barganhar pautas que favoreçam a permanência do status quo do país.   

Pela vida do povo palestino!
Basta de genocídio!

Coordenação Executiva da ADUNEB