A ADUNEB retoma as atividades do Grupo de Trabalho de Formação Política (GTFP) e convoca a categoria docente para o encontro “Repensando a UNEB para o futuro: Desafios e oportunidades”. A atividade tem como objetivo avançar nas discussões sobre a Estatuinte da universidade e será realizada presencialmente na quinta-feira (28), às 17h, no auditório da ADUNEB. Docentes dos campi do interior poderão participar do evento via Google Meet. O palestrante convidado é o especialista em planejamento territorial e desenvolvimento regional, Prof. Geraldo Reis, dos campi de Salvador e Lauro de Freitas. Ele também é ex-Secretário Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social. A mediação será feita pela Coordenadora da pasta de Formação Político-Sindical e Relações Intersindicais da ADUNEB, Profª Drª Maria Izabel Lopes de Araújo; pelo Coordenador do SINTEST UNEB, Firmino Júlio de Oliveira Filho; e pelo Coordenador do Diretório Central dos Estudantes, Eduardo Arruda.
A Estatuinte é um momento histórico na UNEB, no qual toda a comunidade acadêmica, após amplos e democráticos debates, formularão um novo Estatuto para a UNEB, que norteará qual o perfil e os caminhos que a Universidade do Estado da Bahia seguirá nos próximos anos. Para a professora Maria Izabel de Araújo, o debate sobre a Estatuinte é uma pauta institucional urgente. “A ADUNEB precisa, para além de fomentar debates, participar ativamente da elaboração dos documentos que serão levados ao Congresso Estatuinte”.
Tarefas do Movimento Docente
Integrante do Grupo de Trabalho Política de Formação Sindical (GTPFS) do ANDES-SN, a professora Maria Izabel, após participar do Seminário Nacional, em junho, em Mossoró (RN), e da reunião do GT de Formação Política, em setembro, em Brasília, aponta duas tarefas fundamentais que precisam ser pautas do Movimento Docente.
A primeira tarefa é a reorganização da classe trabalhadora das/os professoras/es universitárias/os para, além de lutar pelos direitos da categoria docente e da educação pública e gratuita, ingressar nas lutas sociais das comunidades LGBTQIAPN+, afrodescendentes, capacitistas, feministas, dos povos originários, dentre outras comunidades e suas causas pertinentes. “Somos todas e todos, cidadãs e cidadãos brasileiros. As lutas dessas comunidades precisam ser incorporadas por toda a classe trabalhadora, pois somos elas e eles, convivemos juntas e juntos”, comentou.
A segunda tarefa é intensificar a mobilização e a união da classe trabalhadora. Apesar da vitória de um Governo Federal de esquerda, somente a união de toda a classe poderá derrotar definitivamente os fascistas. É necessário convidar para o diálogo os grupos políticos que, embora divergentes, estejam engajados nas mesmas lutas sociais. É preciso, principalmente, a mobilização da base docente, que se distanciou dos sindicatos, para que participem de maneira mais efetiva nas ações e lutas sindicais. Renovar o sentido de pertencimento e fazer com que professoras e professores compreendam que o sindicato é de todas, todes e todos. Historicamente as conquistas do Movimento Docente só acontecem em momentos de muita união e luta coletiva. E aos sindicatos cabe o papel de se aproximarem das/os professoras/es, conhecerem o atual perfil da categoria, compreenderem as suas expectativas.