DESRESPEITO: Secretaria de Relações Institucionais desmarca reunião agendada para esta terça (05)
Mesmo diante do sucateamento das universidades e os direitos trabalhistas pendentes, a Serin (Secretaria de Relações Institucionais) desmarcou a reunião agendada há mais de um mês com o Fórum das ADs para esta terça-feira (5). Essa é a segunda vez esse ano em que o Governo da Bahia desmarca reunião com o movimento docente. No primeiro semestre, durante o mês de junho, outro encontro já havia sido suspenso. A informação foi recebida com indignação pelos (as) professores (as) que tentam avançar no diálogo desde o início da gestão do governador Jerônimo Rodrigues. Com o adiamento, a nova data indicada pela Serin é o dia 26 de setembro.
Na avaliação do movimento docente, a segunda suspensão de encontro expressa um desrespeito do governo com a categoria. “É muito desrespeitoso. E é importante salientar também que esse desrespeito se expressa no trato com a nossa pauta. Temos uma pauta que envolve orçamento, autonomia universitária, salário e direitos trabalhistas. Até agora só tivemos uma resposta de salário, que nem chegou perto da reposição de perdas dos últimos anos, e sobre promoções docentes houve um ajuste no quadro de vagas, mas que não chega perto da nossa pauta que é a desvinculação da vaga/classe e ampliação do quadro de vagas”, desabafou Elson Moura, coordenador da Adufs e do Fórum das ADs.
A justificativa do governo para reagendar a reunião para o 26 de setembro é que nessa data é possível ter tempo hábil para trazer respostas para a categoria sobre os temas que envolvem: Dedicação Exclusiva (DE), insalubridade, mobilidade/transporte e lista tríplice. “Estamos na expectativa de termos respostas concretas e avançarmos. Para nós também é importante retomarmos a discussão sobre salário”, demarcou Moura. Importante destacar que a pauta docente foi protocolada em 01 de dezembro de 2022, contudo, até agora, o governo não teve tempo hábil para trazer respostas.
Na reunião realizada no dia 20 de julho, o governo havia colocado novos impasses na mesa sobre a pauta do movimento docente. O tema mais polêmico em debate foi insistência do governo em bloquear ilegalmente os processos de mudança para o regime de trabalho de Dedicação Exclusiva. Havia também sido iniciada a discussão sobre o direito à concessão do adicional de insalubridade, a questão do transporte/deslocamento dos docentes.