Com paralisação e ato público, docentes e estudantes das UEBAs reivindicam negociação e Reajuste Já!
![](./uploads/news/imagens/00007961_1_20230413124746_12.04.23_PasseataCampoGrandeParalisacaoUEBAS.jpg)
Docentes da UNEB, UEFS, UESB e UESC, com o apoio do movimento estudantil das quatro Universidades Estaduais Baianas (UEBAs), ocuparam ruas de Salvador, nesta quarta-feira (12), para reivindicar, entre outras pautas, reajuste salarial e a reabertura da mesa de negociação permanente por parte do governo estadual. O protesto realizado por aproximadamente 300 manifestantes, representando várias regiões do estado, foi amplamente divulgado pela imprensa. Além da passeata na Capital, que percorreu do Campo Grande à Praça da Piedade, o Dia de Luta das UEBAs foi marcado pela paralisação das atividades acadêmicas nas quatro universidades.
Por meio da utilização de carro de som, faixas, cartazes, panfletos e camisas temáticas, a manifestação denunciou à sociedade as perdas salariais que a categoria docente enfrenta nos últimos oito anos. Segundo Cálculos do DIEESE, no citado período mais da metade do salário (53,33%) das/os professoras/es foi corroído pela inflação. Leia aqui outros motivos que levaram o movimento docente à paralisação das atividades acadêmicas.
Presente na passeata, a Coordenadora de Formação Político-Sindical e Relações Intersindicais da ADUNEB, Maria Izabel de Araújo, analisa que a paralisação de 24h demonstrou que o movimento docente intensificou a mobilização. “Dissemos ao governo que precisa urgentemente negociar com a categoria, e que também, estamos dispostos a enfrentar o descaso e a irresponsabilidade que vem demonstrando com as nossas reivindicações. Importante ressaltar que ao negligenciar as reivindicações docentes, o governo estadual prejudica a comunidade universitária, principalmente os estudantes, que poderiam estar estudando, mas precisaram ir para as ruas e se unirem à nossa luta”, afirmou a professora.
![](https://www.aduneb.com.br/uploads/fckeditor/image/12_04_23_Passeata_DocentesEstudantes.jpg)
Luta unificada - lideranças dos movimentos docente e estudantil durante o ato, em Salvador
Mobilização no interior
Além das ações em Salvador, vários campi e docentes do interior realizaram atividades de mobilização. No Campus de Juazeiro, por exemplo, ocorreu um debate sobre o reajuste salarial e a conjuntura política do movimento docente. Em Guanambi aconteceu uma reunião entre professoras/es do campus e os representantes locais da ADUNEB. No período da tarde, as representações sindicais participaram ainda de entrevista em um programa de rádio da cidade. No Campus de Jacobina, a agenda de mobilização incluiu uma roda de conversa sobre o histórico das lutas e das reivindicações do Movimento Docente. Também foi exibido um vídeo com entrevista de Paulo Freire. Ações de mobilização seguiram ocorrendo por todo o dia em vários municípios.
Resposta
Pressionado pela mobilização e forte repercussão causada na imprensa, o governo estadual respondeu por meio de nota que tem dialogado com o Movimento Docente. O Coordenador de Comunicação da ADUNEB, João Borges, alertou que o diálogo com os representantes do governo, até o momento, restringe-se apenas a receber as/os professoras/es para a entrega da pauta de reivindicações. “Somente receber a pauta do Fórum das ADs não significa dialogar. É fundamental que o governador Jerônimo Rodrigues, que também é professor universitário, autorize a imediata abertura da mesa de negociação”, finalizou Borges.
![](https://www.aduneb.com.br/uploads/fckeditor/image/Juazeiro(1).jpeg)
Debate no Campus de Juazeiro organizado pelo Coordenador da ADUNEB João Borges
![](https://www.aduneb.com.br/uploads/fckeditor/image/Guanambi.jpeg)
Reunião no Campus de Guanambi organizada pelas representações locais da seção sindical,
Dinalva Macêdo e Osaná Reis
![](https://www.aduneb.com.br/uploads/fckeditor/image/JacobinaJuntas.jpg)
Roda de conversa no Campus de Jacobina organizada pelo representante da ADUNEB, Salomão Clemones
![](./Tema/img/compartilhar.png)