ADUNEB articula reunião para avançar no projeto de permanência para indígenas e quilombolas
Para debater os desafios da permanência estudantil de indígenas e quilombolas na UNEB, a ADUNEB organizou uma reunião entre representações indígenas de diversas etnias e a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (Praes) da universidade. A atividade aconteceu nesta quinta-feira (28), no acampamento indígena montado no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. O intuito foi avançar na proposta de criação de um programa de bolsa assistência e permanência que atenda as especificidades de estudantes indígenas e quilombolas.
Durante a reunião, as representações indígenas e o coordenador da ADUNEB do Campus de Teixeira de Freitas e membro do GT Indígena da seção sindical, Halysson Fonseca, dialogaram com o Pró-Reitor da Praes, Jean Santos. Demonstraram ao gestor as peculiaridades e dificuldades que levam as comunidades indígenas e quilombolas a reivindicarem um programa específico de assistência e permanência estudantil. Também levaram ao conhecimento do Pró-Reitor o abaixo-assinado criado por discentes da Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena (LICEEI) e da Pedagogia Indígena. Leia a íntegra do documento e veja como participar do abaixo-assinado no final desta matéria.
A professora indígena Cirila Kaimbé, da aldeia Massacará, foi formada na LICEEI UNEB. Devido à falta de um programa de permanência e do acompanhamento necessário ao seu processo formativo, demorou dez anos para concluir o curso. “É uma questão de extrema importância a permanência dos estudantes. Muitos desistem da formação por conta de não terem condições de permanecer cursando. Os que são professores em suas localidades necessitam deixar substitutos para dar suas aulas, para poderem vir para a formação. Mas o que recebemos como professor é muito pouco. Aí, não dá pra sustentar a família, pagar docente substituto e estar na formação durante uma semana ou duas seguidas”, explicou Cirila.