Nesta terça-feira (26), durante o 4º Acampamento do Povos Indígenas da Bahia, diversas comunidades se uniram e marcharam em direção à Governadoria do Estado da Bahia, objetivando levar suas demandas ao Executivo, relacionadas aos territórios, à educação, à saúde e às políticas públicas para os povos originários. Ao tentarem ingressar no prédio público, os cerca de 300 indígenas, entre eles mulheres, crianças e anciãos, foram impedidos e agredidos pela força policial que disparou balas de borracha e lançou bombas de gás e spray de pimenta. As/os participantes da marcha integram uma comunidade ainda maior, de aproximadamente 1.600 indígenas que acampam na Assembleia Legislativa com o intuito de estabelecer diálogo com o Governo do Estado da Bahia.
A ADUNEB repudia toda a forma de violência que, neste caso específico, é fruto do racismo institucional enraizado nas estruturas de poder do Estado e que cerceia a liberdade dos povos originários. Historicamente, a comunidade indígena tem sido atacada nas diversas esferas da gestão pública. Na esfera Federal, por exemplo, destaca-se a pressão da bancada ruralista pela aprovação das Propostas de Lei 490/2020 e 191/2020 que visam, respectivamente, a destituição de terras indígenas e a exploração de seus recursos.
Em âmbito estadual, uma das principais reivindicações está relacionada à educação, um direito fundamental de todas as cidadãs e todos os cidadãos e, ainda mais especificamente, a contratação de professoras/es indígenas concursadas/os, em 2017, e equiparação salarial docente. É inadmissível que a comunidade indígena seja atacada e violentada exatamente por aqueles que deveriam garantir e defender seus direitos e suas vidas!
Coordenação ADUNEB