Funcionalismo público estadual reivindica reajuste salarial
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Nem a chuva, nem o pátio fechado pela PM em frente à Governadoria, local tradicionalmente utilizado para reivindicações, impediram a manifestação pacífica das servidoras e servidores estaduais pelo pagamento do reajuste da inflação. A atividade, que ocorreu nesta quinta-feira (28), contou com representações de diversos sindicatos do funcionalismo público, entre elas a ADUNEB e as demais seções sindicais que compõem o Fórum das ADs. A data, 28 de outubro, marca o Dia da Servidora e do Servidor Público.
Acompanhado por carro de som, cartazes, faixas e bandeiras, o funcionalismo público denunciou o descaso do governo estadual que, desde 2015, não paga o reajuste da inflação aos quase 300 mil servidores e servidoras do estado. Presente ao ato, o diretor de assuntos tributários do Sindsefaz, Edmilson Blohem, afirmou que a Secretaria da Fazenda tem condições orçamentárias para fazer o pagamento. “Hoje, a Fazenda tem em torno de R$ 6 a 7 bilhões de sobra. Ou seja, depois de pagar todas as suas contas, a sobra em caixa é de R$ 6 a 7 bilhões. Isso permite a reposição inflacionária. Ninguém está pedindo aumento, mas que se dê, pelo menos, a reposição da inflação”, explicou.
Segundo o último relatório do DIEESE, os quase sete anos sem o pagamento do reajuste da inflação representam uma perda aproximada, ao bolso da trabalhadora e do trabalhador, de 45%. Isso significa que, atualmente, a servidora e o servidor têm quase metade do poder de compra que possuíam em janeiro de 2015.
O coordenador jurídico da ADUNEB, Cleber Julião Costa, também marcou presença na manifestação e ressaltou a importância do momento atual. “Esse protesto foi só o começo. Fizemos um importante dia de luta e reflexão em relação a tantos problemas e tantos ataques que estamos vivendo. Tivemos aqui um grupo expressivo de sindicatos do funcionalismo público estadual que denunciou a política nefasta que o governo do estado vem desenvolvendo em relação às servidoras e servidores, a precarização do trabalho, o impedimento das promoções e progressões e a negativa de pagamento do reajuste salarial. Convocamos vocês, professoras e professores da UNEB, a ingressarem nessa luta por nossos direitos”, finalizou o diretor da ADUNEB.
