Por iniciativa da ADUNEB sessão solene na câmara de vereadores homenageia os 38 anos da UNEB
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Em sessão solene especial a Câmara dos Vereadores de Salvador, nesta terça-feira (01), dia em que a UNEB completou 38 anos, homenageou a universidade e sua resistência em defesa da democracia, autonomia e da produção do conhecimento. A atividade virtual foi uma iniciativa da ADUNEB, acolhida e organizada na Casa Legislativa pelo vereador Augusto Vasconcelos (PC do B). Participaram do evento representações da Reitoria da UNEB, do sindicado dxs docentes da universidade, da Secretaria Estadual da Educação, da Assembleia Legislativa da Bahia, da Câmara Municipal, do movimento estudantil e outras entidades ligadas ao setor da educação.
Como mediador do evento o vereador Augusto Vasconcelos abriu a solenidade ressaltando a importância da UNEB no processo de interiorização da educação pública superior na Bahia. “Tem uma grande penetração no território baiano. Promoveu a integração de nosso estado a partir da educação, inclusive ampliando o acesso ao ensino superior a segmentos historicamente excluídos da universidade”, afirmou o parlamentar. Ele relembrou ainda que a UNEB foi a primeira universidade do país a promover o sistema de cotas para negrxs, o que reforça seu caráter público, popular e inclusivo.
Várixs convidadxs apontaram a UNEB como importante espaço de resistência diante do atual obscurantismo e retrocessos oriundos do Governo Federal. Como primeiro convidado a pronunciar, o reitor José Bites ressaltou que os 38 anos da instituição precisam ser comemorados, sobretudo diante da atual conjuntura de desvalorização das universidades públicas e do conhecimento científico. O gestor citou a luta pela autonomia universitária como algo necessário e constante da UNEB. Garantida pela Constituição Federal, de 1988, e pela Constituição do Estadual da Bahia, de 1989, a autonomia foi apontada como condição essencial para a organização e funcionamento da universidade.
A coordenadora geral da ADUNEB, Ronalda Barreto, após citar a importância social da UNEB ao proporcionar formação e desenvolvimento em todas as regiões do estado, destacou as dificuldades impostas pelo governo estadual para que a universidade seja, de fato, popular e inclusiva. Para a professora, a falta de diálogo do governo, a implantação de políticas neoliberais, os cortes e contingenciamentos orçamentários, a ingerência na autonomia financeira e de gestão tem como consequência a exclusão de estudantes, além da precarização do trabalho, o arrocho salarial e a retirada de direitos de docentes e servidorxs técnicxs.
Em acordo com as críticas da coordenadora da ADUNEB, a presidenta da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Bahia, Fabíola Mansur (PSB), reconheceu os problemas impostos pelo governo estadual, a exemplo da necessidade de maior financiamento, de valorização da carreira e autonomia. “Temos as lutas aqui também na Bahia e é preciso reconhecê-las. Eu procurei ser tijolo nessa ponte que é tão necessária para que se consiga essa valorização através de mais financiamento, mais investimento para o crescimento da UNEB, mais valorização para a carreira”, declarou a deputada.
Após a solenidade, a Coordenadora da ADUNEB, Ronalda Barreto, analisou como positiva a atividade. “Uma justa homenagem feita aos 38 anos da UNEB pela sua importância histórica à Bahia. Apesar de ser um espaço comemorativo, também é importante para que possamos denunciar o tratamento desrespeitoso que o Governo do Estado tem dispensado à UNEB e ao movimento docente", encerrou a professora.
UNEB em números
24 campi
02 campi avançados
30 Departamentos
7 Centros de Pesquisa
263 Grupos de Pesquisa
28.000 Estudantes
2.600 Docentes
2.500 Servidorxs Técnicxs
133 Cursos Presenciais de Graduação
27 Programas de Pós-graduação Stricto Sensu
17 Cursos EAD
