Decreto do governo da Bahia coloca em risco a vida da população
Enquanto o país ultrapassa a marca de 375 mil mortes causadas pela Covid-19, o governador Rui Costa autorizou a retomada das atividades letivas semipresenciais em escolas públicas e particulares de 19 municípios baianos. O fato, que colocará em risco a vida de centenas de professorxs, estudantes e outros profissionais da educação, tem causado a indignação da ADUNEB e das demais entidades de representações de classe. A cidade de Jacobina, onde está um dos campi da UNEB, é uma das localidades impactadas.
De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial do Estado, em 18 de abril, o retorno das aulas semipresenciais, apesar de autorizado, ainda não será obrigatório. Municípios e instituições de ensino que aderirem deverão definir como será a retomada. A taxa de ocupação de leitos de UTI igual ou inferior a 75%, por pelo menos cinco dias consecutivos, foi o critério utilizado pelo governo da Bahia.
A norma publicada no DOE estabelece os protocolos sanitários que devem ser seguidos por estudantes e profissionais da educação. Entre eles estão o uso obrigatório de máscaras; distanciamento social de 1,5 mt, ocupação das salas com 50% da capacidade; higienização por turno das escolas; e álcool gel a 70% em quantidade correspondente ao número de indivíduos que estiveram na instituição de ensino.
A coordenação da ADUNEB repudia a postura do governador Rui Costa, que impulsionará o aumento da taxa de contágio. A atitude irresponsável poderá provocar o colapso no atendimento em hospitais e UPAs, além de inúmeras mortes. O que se espera de um governo progressista, oriundo do berço da classe trabalhadora, é que no pior momento da pandemia continue a atuar para salvar a vida da população, afastando-se do negacionismo genocida dos grupos bolsonaristas.
A direção do sindicato reforça o posicionamento deliberado pelo Movimento Docente da UNEB: aulas semi ou presenciais somente a partir da vacinação de todxs pelo SUS.