Repúdio à redução da cota de importação de equipamento e insumo destinado à pesquisa científica
Em meio à tragédia causada pela Covid-19 no país, agravada pelo recente aumento de mortes e o colapso em redes públicas de saúde, a exemplo de Manaus, o governo Bolsonaro intensifica sua política genocida. A nova ação foi o corte de 68,9% da cota de importação de equipamentos e insumos destinados às pesquisas científicas, que despencou de US$ 300 milhões para US$ 93,29 por ano.
A medida impacta as ações do Instituto Butantan e da FIOCRUZ, que são as principais instituições públicas do país que atuam no auxílio à produção de vacinas e combate à pandemia. Segundo um levantamento elaborado pelo CNPq, divulgado pela Folha de S.Paulo, no governo Dilma, em 2014, a cota era de U$ 700 mi. De 2018 a 2020, o valor foi de U$ 300mi. E agora, com o novo corte, chegou a U$ 93,29 mi. Se comparado ao valor de 2014, o corte total foi de aproximadamente 87%. Ainda de acordo com o CNPq, o valor não é suficiente para cobrir os custos com os projetos voltados à pandemia.
A coordenação da ADUNEB repudia veementemente mais esse ataque do governo Bolsonaro às instituições públicas brasileiras conceituadas internacionalmente pela produção da ciência e do conhecimento. O sindicato soma-se a inúmeras organizações políticas, sociais e populares na reivindicação de que, no mínimo, a cota de importação de equipamentos e insumos destinados às pesquisas científicas retorne ao patamar anterior de U$ 300 mi.
Pelo retorno do auxílio emergencial, apoio à ciência, quebra da patente das vacinas e vacinação pelo SUS a todas, todos e todes!
Coordenação ADUNEB