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Invasão de atividades acadêmicas por fascistas tornam-se frequentes



 Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus grupos de hackers ligados a setores reacionários da sociedade e que são apoiadores do governo ultraneoliberal de Jair Bolsonaro, têm invadido reuniões e atividades acadêmicas realizadas por mediação tecnológica. Entre os principais alvos estão as/os professoras/es universitários que defendem pautas progressistas. Na segunda-feira (14), o alvo foi a atividade acadêmica da Jornada Universitária pela Reforma Agrária organizada pela professora Celi Taffarel, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.

Por meio de uma ação denominada “Ataque dos Palhaços Loko”, os criminosos fizeram xingamentos, veicularam pornografias e imagens do Presidente da República, além de ruídos diversos. A coordenação da ADUNEB manifesta total solidariedade aos colegas, professoras/es universitários que têm sido vítimas desse tipo de ação. Professoras/es, a exemplo da docente, com histórico de militância no Movimento Docente e nas lutas progressistas, bem como candidaturas de mulheres negras, têm sido alvos constantes. 

A direção do sindicato ressalta que os ataques de hackers realizados em todo o país expressam mais uma face da atual conjuntura e das lutas em curso. Os crimes virtuais, a exemplo das fake news e das invasões de salas virtuais, são métodos adotados por grupos da extrema-direita fascista que, escondidos atrás do ambiente virtual, objetivam o retrocesso político e social. Para além da perplexidade e revolta, é necessário que criemos estratégias de proteção e denúncia dos criminosos fascistas. A tarefa a enfrentar é a defesa da liberdade de expressão, da liberdade de cátedra e da socialização do conhecimento acadêmico-científico.  

Orientação

Após ouvir especialistas nos setores jurídicos e de tecnologia da informação, a ADUNEB orienta a categoria docente em caso de ocorrências de ataques hackers nas atividades acadêmicas por mediação tecnológica.

Prevenção
 
Tomar muito cuidado ao enviar ou compartilhar links de acesso às atividades virtuais;
Recusar a entrada na sala de nomes desconhecidos ou descaracterizados;
Retirar da sala pessoas suspeitas;
Colocar senha de acesso às reuniões remotas, caso a plataforma utilizada permita;
Habilitar o compartilhamento de arquivos apenas ao gerenciador da sala, caso a plataforma utilizada permita.

Após a invasão
 
Manter a calma;
Fazer prints e gravar vídeos que comprovem o ataque;
Realizar um boletim de ocorrências em delegacias, de preferência especializadas em crimes virtuais;
Entrar em contato com a empresa responsável pela plataforma em que foi realizada a reunião para tentar identificar os invasores.