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ADUNEB participa de ato público em apoio à greve das/os petroleiras/os



 Nesta quarta-feira (19) a ADUNEB, representada pela coordenadora geral do sindicato, Ronalda Barreto, participou do ato público em solidariedade à greve das/os petroleiras/os. No local a professora fez contundente discurso e distribuiu um panfleto de apoio aos manifestantes. Leia abaixo o texto na íntegra. A atividade foi realizada em frente ao prédio da Petrobras, na Pituba, em Salvador.


A Petrobras não está à venda. Todo apoio à greve das/os Petroleiras/os

A ADUNEB solidariza-se com a greve das/os petroleiras/os entendendo que essa causa é de todos os brasileiros/as. Trata-se da grande investida do capital internacional para se apropriar das nossas riquezas, a exemplo do pré-sal, e aprofundar a exploração dos trabalhadores que chega a um nível inaceitável.
 
Faz parte do mesmo processo o ataque ao setor público na busca por privatizar os serviços que são oferecidos pelo estado à população, núcleo central das políticas neoliberais. Faz parte, também, o extermínio dos povos indígenas, os guardiões das florestas, na busca por se apropriar da nossa fauna e flora, o desrespeito à cidadania de grande parte dos brasileiros negros/as, a intolerância religiosa que nega as nossas raízes, a misoginia que aumenta o feminicídio, o lgbticídio com sua crueldade. 
 
São processos que buscam subjugar a população brasileira pobre, as trabalhadoras/es brasileiras/os. Portanto, temos que resistir às políticas entreguistas, antipatriotas e perversas do governo federal, que não tem decoro, ética e limites. Resistir à reprodução dessas políticas nos estados e enfrentar a cumplicidade do poder judiciário.
 
A universidade, tão importante para o desenvolvimento do país, para o crescimento da Petrobras, é alvo de ataques que a asfixia, impede de realizar suas atividades a contento, criminaliza a comunidade acadêmica para inibir a produção do conhecimento, para expulsar os jovens das camadas populares que chegaram depois de anos de exclusão. Portanto, nós professoras/es não somos parasitas ou zebras gordas. Juntamente com as/os petroleiras/os e demais servidores públicos prestamos grandes serviços à nação.
 
A greve das/os petroleiras/os é legal, é justa quer seja pelas demissões dos trabalhadores, pela perversa política de preços dos produtos, pela privatização das refinarias, pela violação de direitos. Ela é justa, sobretudo, porque constitui em defesa da nação brasileira.
 
Infelizmente, parte dessas políticas têm sido reproduzidas no governo estadual tanto em seu conteúdo como, também, em posturas autoritárias. O governo que prometeu fazer da Bahia um foco de resistência ao fascismo, sucumbe à onda neoliberal, ataca o serviço público, aumenta a exploração dos servidores públicos e, com uma postura autoritária, fragiliza a esquerda brasileira, o legado dos partidos políticos, portanto, ao contrário, fragiliza a resistência ao fascismo na Bahia e no nordeste.
 
A Petrobras não está à venda! A universidade não está à venda!