ADUNEB participa do III Simpósio Baiano de Geografia Agrária que acontece em Barreiras
Acontece até esta sexta-feira (30), na Uneb de Barreiras, o III Simpósio Baiano de Geografia Agrária (SBGA) com o título “Os territórios agrários na Bahia e no Matopiba: disputas, resistências e conflitos”. A atividade que teve início da quarta-feira (28) é realizada pela UNEB, Campus IX - Departamento de Ciências Humanas e pela Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB. A ADUNEB é uma das apoiadoras do evento e as coordenadoras do sindicato, Márcia Bomfim e Ana Margarete, participam das discussões por meio do Grupo de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA).
Segundo os organizadores, entre os objetivos do III SBGA está o aprofundamento das discussões sobre o pensamento social crítico acerca do espaço agrário brasileiro. Os debates são a partir das experiências de ensino, pesquisa e extensão no âmbito das universidades e de entidades parceiras, que pesquisam e vivenciam as questões socioespaciais dos territórios agrários na Bahia e no Matopiba.
Na conferência de abertura intitulada "A questão agrária na Bahia e no Matopiba: territórios de resistência" a professora da UFBA, Guiomar Inez Germani, trouxe os dados referentes ao avançado avassalador do capital sobre o espaço geográfico baiano e seus impactos sobre os povos tradicionais. Porém, trouxe ainda as resistências dos grupos sociais camponeses e suas estratégias para denunciar como o agro desterritorializa, desmata, polui, envenena e mata as diversas dimensões da vida.
Assim, o evento promove os debates e reflexões com os movimentos de lutas sociais e sindicais, que defendem os territórios agrários e agrícolas do campo na análise das contradições das territorialidades que se definem no campo baiano. Além disso, busca potencializar a consolidação de uma rede de trocas de saberes e experiências entre professoras/es, pesquisadoras/es, grupos de pesquisa, militantes, sociedade civil organizada, organizações e movimentos sociais.
De acordo com as falas durante o simpósio, nota-se que as denúncias e anúncios seguem voltados para dizer que o agro não é pop e não é tudo na Bahia e no Matopiba. O agro não vê o campo como espaço de vida, mas como espaço do lucro e da exploração das riquezas, sobrepondo às comunidades tradicionais que tem outra lógica de vida.