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Makota Valdina, presente!



 A Bahia, com toda a força da sua ancestralidade, amanheceu triste. Na madrugada de terça-feira (19) faleceu, aos 75 anos, em decorrência de um enfarto, a guerreira Makota Valdina Pinto. Com uma história respeitada em todo o país, em todos os espaços de resistência, Makota era educadora e militante do Movimento de Negras e Negros. Entre as inúmeras frases que deixou para reflexão de todas e todos está “Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados”.

Em entrevista divulgada no Portal Soteropreta, a líder religiosa, que defendia com veemência o candomblé, afirmou: “Eu sou do Candomblé e acredito em tudo do Candomblé. Sou a favor do respeito ao direito que nós temos de ser do Candomblé. Eu não quero tolerância, eu quero que me respeitem. Respeitem o direito que eu tenho de ser do Candomblé”.

Makota era considerada conselheira de mãe de santo, do terreiro Tanuri Junsara, de Nação Angola. Devido à importância de suas ações no fortalecimento da resistência contra o preconceito racial e religioso, recebeu inúmeras homenagens, a exemplo da Medalha Maria Quitéria, da Câmara Municipal de Salvador, do Troféu Ujaama, do Grupo Olodum, e do Troféu Clementina de Jesus, da Unegro. A vida e obra de Makota foi imortalizada no documentário “Um jeito Negro de Ser e Viver”, que foi consagrado pelo prêmio da Fundação Cultural Palmares. 

A coordenação da ADUNEB se solidariza pela imensa perda do povo baiano, aos familiares e amigas/os da querida Makota Valdina.


Fonte: Portal Soteropreta e Jornal Correio