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Assembleia aprova luta unificada do funcionalismo público e discute greve para 2019



 Após os novos e intensos ataques do governo Rui Costa com o aumento da alíquota da previdência (leia mais), a Assembleia Geral (AG) da ADUNEB deliberou por concentrar esforços na construção da luta unificada do funcionalismo público, em defesa da categoria. Para 2019, diante de tanto desrespeito e autoritarismo do Palácio de Ondina, o encaminhamento é a intensificação da construção da greve das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). A assembleia aconteceu nesta quinta-feira (13), na Uneb de Salvador.

Durante a AG, inúmeros professores/as demonstraram descontentamento. Segundo as falas, caso o governo persista em não negociar, motivos não faltam para a deflagração de uma greve: contingenciamento orçamentário; mais de 500 docentes com direitos trabalhistas desrespeitados; quatro anos sem o pagamento da recomposição da inflação, com prejuízo de cerca de 25% do salário; corte de passagens intermunicipais aos docentes; aumento da alíquota da previdência; desmonte do Planserv; três anos sem a abertura da mesa de negociações, além do desrespeito à autonomia das universidades estaduais. 

Nesta segunda-feira (17), o Fórum das ADs estará reunido em Ilhéus. A discussão será sobre a pauta de reivindicações 2019 da categoria. Também nesta segunda-feira, várias representações sindicais do funcionalismo público farão reunião em Salvador. O objetivo será a articulação da luta conjunta das categorias. A ADUNEB participará das duas atividades.

Justiça

Para questões relacionadas às promoções, alterações de regime de trabalho e corte das passagens docentes, a assembleia autorizou o sindicato a impetrar ações judiciais em virtude da legalidade das reivindicações.

CPI

Outra deliberação da AG é que a ADUNEB busque a construção, com o conjunto dos sindicatos do funcionalismo público, de um movimento para pressionar a criação da CPI da previdência pública da Bahia.

Mais encaminhamentos

A categoria também encaminhou a solicitação de uma audiência pública, na Assembleia Legislativa, para discutir a criminalização dos movimentos sociais. Outra ação aprovada foi a integração do sindicato nas articulações de resistência em defesa da Agroecologia e de terras da Uneb, na região de Teixeira de Freitas, que são utilizadas por uma companhia hidrelétrica (em breve o sindicato publicará matéria sobre o fato). Para o mês de fevereiro do próximo ano, também foi aprovada a organização de uma jornada de debates que, entre outros assuntos, abordará a conjuntura política e os desafios da educação pública superior.