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Docentes da Uneb fazem mobilização contra o aumento da alíquota da previdência



 Docentes da Uneb de Salvador realizaram atividades de mobilização, nesta manhã de quinta-feira (06), em frente à universidade. No local foram realizadas ampla panfletagem e diálogo com a categoria. Um carro de som também foi utilizado para reafirmar a posição da ADUNEB contra o Projeto de Lei ((PL) 22.971/18, que prevê o aumento da alíquota da previdência estadual de 12% para 14%. A proposta de norma que, se aprovada, mais uma vez levará prejuízo ao bolso do trabalhador/a foi elaborado pelo governo Rui Costa.

O protesto na Uneb acontece no Dia Estadual de Luta dos Servidores Públicos contra o PL da previdência. Durante a ação, a coordenação da ADUNEB convocou a categoria a comparecer ao ato público, a partir das 13h, que será realizado hoje (06) pelos servidores públicos do estado, na Assembleia Legislativa. A manifestação tem o objetivo de tentar barrar a votação do PL, prevista para a sessão plenária desta tarde.  
 
Coordenadoras da ADUNEB na panfletagem
 
Ainda sobre a mobilização em frente a Uneb, os docentes denunciaram que o governo tenta aprovar o PL sem nenhuma discussão com o funcionalismo público. Para a professora Ronalda Barreto, coordenadora geral da ADUNEB, a arbitrariedade do governo será respondida pela força da mobilização dos servidores públicos. “Essa conta não é nossa. Chega de sermos prejudicados. A atual alíquota que pagamos na Bahia (12%) já é maior do que em outros 19 estados do país. Na prática, esse aumento será uma elevação da alíquota em 16,7%. Além disso, estamos há quase quatro anos sem o pagamento da recomposição inflacionária, as perdas da categoria superaram os 25%”, afirmou Ronalda.
 
Dieese

Um estudo do Dieese  (leia aqui) demonstra os equívocos do PL do governo. De acordo com o documento, o aumento da alíquota previdenciária significaria um adicional de R$ 240 milhões, o que representa apenas 6% do déficit de 2018. Um valor mínimo para os cofres públicos, mas de enorme impacto aos trabalhadores/as que, desde 2015, quando o governo passou a se recusar a pagar as perdas acumuladas pela inflação, já tiveram perda de 25,71% - Cálculo pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA/IBGE. Ainda segundo o documento do Dieese, “A solução mais eficaz para a crise pela qual passa o estado é a melhoria da atividade econômica com geração de emprego, renda e, consequentemente, melhoria de arrecadação”.
 
Faixa fixada no Campus I da Uneb