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Contra o aumento previdenciário servidores públicos farão grande ato na Alba, nesta terça-feira (04)



 Para barrar o Projeto de Lei (PL) que prevê o aumento da alíquota previdenciária estadual de 12% para 14%, vários sindicatos do funcionalismo público da Bahia, nesta terça-feira (04), às 13h, farão ato público na Assembleia Legislativa (Alba), em Salvador. Esse foi um dos encaminhamentos da reunião das representações sindicais, entre elas a da ADUNEB, que aconteceu nesta segunda-feira (03), também naquela Casa de Leis.

Na atividade desta segunda-feira, em pauta estava a necessidade de mobilizar as categorias contra o aumento previdenciário que, novamente, irá retirar dinheiro do bolso do/a trabalhador/a. Representantes sindicais protocolaram um documento em vários gabinetes de deputados, entre eles o do presidente da Alba, Ângelo Coronel, em que exigem que o PL não seja votado. A reunião deste dia 03 foi organizada pelo Sindsaúde, Sindsefaz, Sinpojud e APLB. Além da ADUNEB, também somaram forças ao protesto o Fórum das ADs, Sindimed, Sindpoc, entre outros.

Todas/os à Alba

Uma das coordenadoras da ADUNEB que esteve na Alba, Elilia Rodrigues, afirmou que somente a união das/os servidores públicos conseguirá barrar o PL. “É por meio do fortalecimento de nossas representações sindicais que vamos vencer mais esse ataque ao funcionalismo. A ADUNEB é a favor da retirada do PL para votação, pois o projeto fere a nossa categoria”. A professora ainda lembrou que os funcionários públicos estão há 4 anos sem receber a recomposição inflacionária, o que representa um corte acima de 20% do poder de compra dos servidores. 

Dieese

O coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, apresentou um estudo do Dieese (documento no anexo) que demonstra os equívocos do PL do governo. Oiveira defende a abertura de uma mesa de negociação, entre representantes sindicais, Dieese e do Palácio de Ondina, para buscar uma saída ao problema. 

O documento apresentado mostra que a proposta de aumento da alíquota previdenciária significaria um adicional de R$ 240 milhões, o que representa apenas 6% do déficit de 2018. Algo pequeno para os cofres públicos, mas de enorme impacto aos trabalhadores/as que, desde 2016, pelo não pagamento da recomposição inflacionária, já possuem perdas acumuladas de 25,71% (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA/IBGE). “A solução mais eficaz para a crise pela qual passa o estado é a melhoria da atividade econômica com geração de emprego, renda e, consequentemente, melhoria de arrecadação”, explica o documento do Dieese.

Sem diálogo

Para a presidente do Sindsaúde, Ivanilda Brito, os servidores não acatarão um projeto que tenta ser imposto sem diálogo. “O governo passou quatro anos sem conversar conosco. Mais de 30 mil trabalhadores do estado ainda ganham 788 reais, o que é menos que um salário mínimo. Agora querem jogar nas costas do trabalhador mais essa carga? Não aceitaremos! ”, encerrou indignada. 
 
 
 
 
 
 
 
Anexos:
Dieese_Análise aumento alíquota