Mesa redonda discutirá na ADUNEB cortes no fomenta à pesquisa
Para debater os cortes de verbas e o desmonte dos programas de pesquisas e pós-graduações das universidades públicas, acontece nesta quinta-feira (09), às 15h, a mesa redonda “Cortes no fomento à pesquisa”. O debate terá transmissão ao vivo pela página do Facebook da ADUNEB e será realizado no auditório do sindicato. A mesa contará com as presenças da professora Raquel Dias (ANDES-SN), e dos docentes Fernando Carvalho (PPG Uneb / Agência Inovação) e Silvio Cunha (PGQUÍMICA-Ufba). A mediação será da professora Marluce da Guarda (DCET-I Uneb).
O debate é mais uma das atividades da agenda de mobilização do Movimento Docente da Uneb, que paralisou todos os campi da universidade, da segunda-feira (06) até o próximo sábado (11). Entre as reivindicações estão a solução para o problema do possível corte das passagens docentes, aos professores que trabalham nos campi do interior; maior orçamento à Uneb; e a garantia dos direitos trabalhistas de progressão, promoção e alteração de regime de trabalho. Leia aqui mais sobre os motivos que levaram a categoria docente à paralisação.
Cortes
De acordo com a Comissão de Mobilização da Paralisação da Uneb, discutir a política dos governos estadual e federal de desmonte dos programas de pesquisa e pós-graduação, nas universidades públicas, é fundamental principalmente na atual conjuntura.
Na última quinta-feira (02), vasou à imprensa a informação de que o conselho superior da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), teria feito um alerta sobre a possibilidade de que quase 200 mil bolsistas, financiados pela entidade, ficariam sem bolsa. O corte seria a partir de agosto de 2019. O comunicado que teria sido enviado ao Ministério da Educação, informava que haveria redução no orçamento previsto para 2019, que atualmente consta na Lei de Diretrizes e Bases (LDO).
A preocupação dos docentes com o incentivo e avanço do campo da ciência atinge também o âmbito estadual. Desde 2015, o governo Rui Costa faz repasses irregulares à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). Segundo carta do reitor da Ufba, João Salles, ao governador da Bahia, divulgada na imprensa no final de março, o problema atinge mais de 80% das pesquisas da Fundação. A dívida atual supera os R$ 70 milhões. A Fapesb é responsável por dar suporte a mais de 3 mil pesquisadores do estado da Bahia.