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Uneb de portões fechados: Começa forte a semana de paralisação dos docentes da universidade



 No Campus I na Uneb, em Salvador, começou forte nesta segunda-feira (06) a paralisação de uma semana dos professores. O protesto, que acontece com portões fechados, faz com que em todos os campi da universidade não ocorra o início do semestre letivo, marcado para esta semana. A paralisação foi deliberada em assembleia geral da categoria, realizada em 25 de julho. Os docentes denunciam principalmente a necessidade de passagens para que os professores do interior possam trabalhar. Além disso, também criticam o contingenciamento orçamentário; e reivindicam a garantia dos direitos trabalhistas de promoção e alteração de regime de trabalho. Leia aqui mais informações sobre os principais motivos que levaram a categoria docente à paralisação. 

Nesta segunda-feira, a partir das 7h, vários docentes responderam ao chamado da ADUNEB e compareceram ao ato público, que aconteceu em frente à Uneb do Cabula. Após um café da manhã e acompanhados de carro de som, os manifestantes fizeram panfletagem e falas para explicar à comunidade local a grave crise pela qual passa a universidade. Para apoiar a mobilização, também marcaram presença representantes do Fórum das ADs, da Adusb e Adufs, além de integrantes do Movimento Estudantil. O ato público também contou com o talento de artistas da cidade, que em vários momentos fizeram intervenções poéticas.
 
Entrada do Campus de Salvador
 
Durante as falas de protesto, vários professores fizeram duras críticas à política do governo Rui Costa, que corta e contingencia o orçamento da Uneb. De acordo com os docentes, o objetivo do Palácio de Ondina é impor o desmonte das universidades estaduais baianas. 
 
Segundo o coordenador da ADUNEB, Milton Pinheiro, até o meio do mês de maio os recursos liberados para custeio não chegaram a 48% do previsto para o período. Além disso, os investimentos na Uneb não atingiram nem 9% da previsão orçamentária. “Não satisfeito, no mês de julho, o governo ainda contingenciou mais 15,59% do valor de concessão orçamentária. Os ataques dos representantes de Rui Costa à educação pública superior parecem não ter fim. Temos que unir ainda mais a categoria e dar um basta nisso tudo”, afirmou Milton Pinheiro.
 
Coordenador geral da ADUNEB, Milton Pinheiro, faz fala crítica ao governo durante o ato de protesto
Passagem docente
 
Sobre a questão das passagens docentes, a coordenação da ADUNEB tentou uma reunião, ainda nesta segunda-feira (06), com a reitoria e a superintendência de recursos humanos da Saeb. Até o fechamento desta matéria, a administração central da universidade ainda não havia respondido ao sindicato. Essa é mais uma ação da ADUNEB na tentativa de solucionar o problema da ameaça de cortes na compra das passagens intermunicipais, aos professores que trabalham nos campi do interior. “Lamentamos que a reitoria da Uneb não responda à solicitação de reunião, para que pudéssemos tomar algumas iniciativas para solucionarmos os impasses iniciais”, comentou Milton Pinheiro.
 
A reivindicação da categoria é a alteração do Decreto de Lei 6.192/97, que limita a compra de passagens, por parte da reitoria da universidade, a apenas 72 km do local de moradia do professor. Leia aqui mais sobre o assunto.
 
Leia aqui a agenda de mobilização da semana de paralisação. A ADUNEB está disponibilizando o pagamento de carros de som e faixas para os departamentos do interior. Para mais informações os interessados devem entrar em contato com a sede do sindicato, no campus I, em Salvador.