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Greve Nacional. Esquerda socialista ocupa as ruas. A maioria das Centrais foi atropelada pelas bases



 O dia 5 de dezembro foi marcado pela disposição da esquerda socialista em lutar contra a Reforma da Previdência. No enfrentamento à política do governo Temer, de retirada de direitos trabalhistas e sociais, milhares de trabalhadores por todo o país fizeram paralisações, passeatas e protestos. O dia de Greve Nacional também marcou o atropelo das bases às direções nacionais das centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSB, UGT e NCST. Apesar de desistirem de participar da greve, faltando apenas três dias para a atividade, foram vergonhosamente atropeladas pelas bases, que optaram por seguir nos protestos. Desde de o início, CSP-Conlutas (leia aqui), ANDES-SN (leia aqui) e ADUNEB (leia mais), foram críticas à decisão das cinco centrais e mantiveram firme o chamado à greve. Vários movimentos sociais e populares, como as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, além de outras organizações políticas, também ocuparam as ruas em defesa da classe trabalhadora.

Em Salvador, no período da manhã, os protestos foram na região do Iguatemi, centro econômico da cidade. Os manifestantes, a partir das 6h, ocuparam as avenidas e fecharam o trânsito. 
 
                                                                                                                                                                 Foto: Frente Povo Sem Medo - BA
Protesto no Iguatemi
 
Já no período da tarde, após a concentração no Campo Grande, uma passeata com milhares de pessoas ocupou as ruas em direção à praça em frente à câmara dos vereadores. Em punho estavam bandeiras, faixas, panfletos e muita vontade de dialogar com a comunidade sobre a necessidade de aderir ao movimento e lutar pela defesa da aposentadoria.
 
Professoras da ADUNEB presentes na passeata
 
A diretora da ADUNEB e do ANDES-SN, Caroline Lima, foi uma das representantes do Movimento Docente da Uneb na passeata da tarde. “Este dia foi muito importante porque demarcou a vontade do povo em lutar e, principalmente, que não vamos recuar. Discutimos com nossa base, fizemos nossa assembleia. A ADUNEB é uma seção sindical do ANDES-SN, que se constrói pela base. E foi essa base que deliberou que era para estarmos nas ruas”.  
 
Sobre o recuo das centrais, a diretora de comunicação do sindicato, Zózina Almeida, declarou: “Foi um grave erro. O governo ainda não tem o número de votos suficientes para a Reforma da Previdência. O momento é de irmos pra cima e, inclusive, tirar Temer e os corruptos que estão no Congresso. É nas ruas que conseguiremos reverter o atual quadro político a favor da classe trabalhadora”, finalizou a professora.