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Paralisação das Ueba – Protesto será por direitos trabalhistas e contra o desmonte das universidades



 A categoria docente da Uneb, em assembleia geral, maior espaço legítimo de deliberação dos professores, realizada em 09 de outubro, aprovou a paralisação das atividades acadêmicas e administrativas na próxima terça-feira (28) (leia mais), por 24 horas. O protesto será em todos os 24 campi da universidade, que deverão ficar com os portões fechados. A expectativa é que todas as quatro Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) participem do protesto. No mesmo dia também acontecerá em Brasília uma forte manifestação, com caravanas de todo o país, em defesa dos direitos da classe trabalhadora (leia mais). 

De acordo com a diretoria da ADUNEB, a paralisação das Ueba é para reforçar a denúncia de desrespeito do governo Rui Costa com os direitos trabalhistas dos docentes; o baixo orçamento destinado às universidades; e no âmbito federal, protestar contra o projeto de Reforma da Previdência, que tenta ser imposto pelo ilegítimo governo Temer contra os trabalhadores. 
 
No Campus I da Uneb, no bairro Cabula, em Salvador, a partir das 7h, acompanhados de carro de som, os professores farão panfletagem, irão dialogar com a comunidade ao redor da universidade e oferecerão um café da manhã aos presentes no protesto. Atividades também acontecerão nos campi do interior. O dia estadual de paralisação foi uma indicação do Fórum das ADs, que reúne representações sindicais da Aduneb, Adufs, Adusc e Adusb.
 
Descaso
 
Devido à falta de comprometimento do governo do estado com as Ueba, a categoria docente das quatro estaduais baianas aprovou o indicativo de greve. 
 
Segundo o Fórum das ADs, no período de 2013 a 2016, as Ueba acumularam redução de R$ 213 milhões no orçamento de manutenção, investimento e custeio. O cálculo é uma projeção que leva em consideração os cortes orçamentários e os reajustes das inflações acumuladas nos períodos. Apenas na Uneb, a Secretaria de Administração (Saeb) nega promoções e alterações de regime de trabalho, que são direitos trabalhistas, a 279 professores. O corte do reajuste linear, ocorrido nos últimos dois anos, já corroeu quase 20% dos salários de professores e técnicos.
 
A pauta de reivindicações do Fórum das ADs foi protocolada junto ao governo em 19 de dezembro do ano passado. Quase um ano depois, apesar dos professores tentarem o diálogo com o governo de todas as maneiras possíveis, os representantes de Rui Costa continuam irredutíveis. A insatisfação dos professores com o desmonte da educação pública, poderá levar as Ueba à greve. A culpa será de Rui Costa. 
 
Brasília
 
No dia 28 de novembro, o ANDES-SN participará, em conjunto com demais categorias dos servidores públicos federais, da caravana à Brasília (DF), com manifestação na Esplanada dos Ministérios. O protesto foi definido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), e tem, entre seus eixos, a luta contra a Medida Provisória 805/2017, contra a Reforma da Previdência e pelas revogações da Emenda Constitucional 95 – que congelou o orçamento da União para despesas primárias -, e da Lei das Terceirizações, além de outros ataques aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos.