Defesa docente - ADUNEB contrata especialista em processos de adicional de insalubridade
Na sexta-feira (06) representantes da diretoria da ADUNEB e do setor jurídico realizaram reunião, na sede do sindicato, com professores da universidade que ainda possuem seus processos de adicional de insalubridade barrados pelo governo do estado. O objetivo foi avançar na defesa dos docentes a fim de que passem a receber os direitos trabalhistas a que possuem direito. A assistência jurídica da ADUNEB é destinada a todos os professores filiados, que vem sendo prejudicados pela Secretaria da Administração (Saeb) e Junta Médica do estado.
Durante a reunião, o sindicado informou a contratação da professora Márcia Silva. Fonoaudióloga do trabalho, a docente tem amplo conhecimento em questões relacionadas a processos de insalubridade. Márcia já foi professora substituta na Uneb. Durante sua atuação, acompanhou todos os processos de insalubridade, cortados indevidamente pela Saeb, em final de 2015, dos docentes da universidade. Junto a outros professores, com o apoio da ADUNEB, criaram uma comissão, que, após intermediar a questão com Saeb e Junta Médica, obtiveram a liberação na grande maioria dos casos. “Os processos possuem características muito técnicas a serem resolvidas. A questão da insalubridade é extremamente importante, não só por receber o adicional, mas também pelo cuidado com o servidor. Digo sempre, precisamos servir, sem dor”, afirmou a professora.
De acordo com um dos advogados da ADUNEB, Vitor Santos, a nova contratada somará forças junto ao setor jurídico do sindicato, que tem acompanhado um quantitativo muito grande de professores com problemas de saúde. São várias situações relacionadas à insalubridade ou ao adoecimento psíquico dentro da universidade, que mereciam um melhor acompanhamento. “Marcia vem para ocupar um espaço que a Uneb não ocupa do ponto de vista institucional. A ausência de uma estrutura na universidade, que dê conta do acompanhamento aos professores em questões relacionadas à saúde, gerou a necessidade de o sindicato tomar medidas para que os processos sejam melhor instruídos”, explicou Vitor Santos.
Comissão de orientação
A reunião da última sexta-feira (06) não se resumiu no debate jurídico relativo à insalubridade. As discussões apontaram a necessidade da Uneb ter uma comissão de orientação, tanto sobre os processos relacionado à saúde do trabalhador, quanto às condições de trabalho, que os docentes se encontram atualmente. Para a diretora da ADUNEB, Caroline Lima, enquanto a universidade vive um processo de adoecimento do professor, não existe nenhuma comissão ou setor da Uneb que identifique o problema. “Não temos nenhuma CIPA, nenhum projeto relacionado à segurança do trabalho. A Uneb precisa garantir um setor que acompanhe os processos relacionados à saúde do trabalhador e, principalmente, nos laboratórios e hospitais, para atender aqueles que colocam suas vidas em risco por conta de componentes químicos e biológicos”, finalizou a sindicalista.