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Encontro regional do ANDES-SN reforça o Fora Temer e avança na organização dos trabalhadores



 Um encontro vitorioso, fundamental para o fortalecimento do Movimento Docente dos campi do interior, que auxilia no avanço e na reorganização da classe trabalhadora da região. Assim foi como a diretoria da ADUNEB interpretou o 53º Encontro da Secretaria Regional Nordeste III do ANDES-SN. O evento teve a participação da presidente do Sindicato Nacional, Eblin Farage. Com o tema “Movimento Docente contra as Reformas: Greve Geral e Reorganização da Classe Trabalhadora”, a atividade aconteceu no município de Delmiro Gouveia (AL), nos dias 16 e 17 de junho, na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Campus Sertão. 

A diretora da ADUNEB e também da Regional Nordeste III, Caroline Lima, destacou que um dos pontos fundamentais do encontro foi o fato da atividade ter ocorrida em um campus do interior. “O Movimento Docente se propõe a avançar na reorganização a classe trabalhadora, pois temos o objetivo de barrar as reformas do ilegítimo governo Temer. Neste sentido, levar o debate aos campi mais distantes do centro, discutir sobre a conjuntura política e social, debater sobre a expansão universitária e a organização da resistência foi fundamental para fortalecer a luta e o ANDES-SN”, afirmou a professora.
 
Após a abertura do Encontro, para refletir sobre a conjuntura do país, a primeira mesa, na sexta-feira (16), abordou o tema “Greve geral e reorganização da classe trabalhadora: uma necessidade”. Na ocasião, a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, entre outros assuntos, reforçou a posição do Sindicato Nacional quanto à bandeira do Fora Temer. Eblin afirmou ainda que no próximo Conad, de 13 a 16 de julho, em Niterói, deverá ocorrer um debate franco sobre o que são as Eleições Gerais e as Diretas Já. A mesa também contou com a participação de um dos coordenadores nacionais do MTST, Felipe Brito. Em uma de suas considerações, Brito ressaltou a importância das frentes compostas por movimentos populares, que atuam na organização dos trabalhadores para barrar as contrarreformas de Temer. O coordenador do MTST avaliou como extremamente preocupante os ataques do governo federal à Constituição de 1998, que são frutos da ação de um governo autoritário atuante no interior de um sistema de democracia burguesa. 
 
No segundo dia de atividades, a primeira mesa repercutiu o tema “As Contrarreformas e o recrudescimento do conservadorismo: machismo, racismo, sexismo e LGBTfobia”. O debate teve a participação das professoras Jamile Silveira (Uneb) e Aparecida Batista (Ufal). As docentes refletiram sobre a maneira como as contrarreformas impactam, principalmente, as mulheres, as negras, as indígenas, os LGBTs, os movimentos populares e os demais grupos minoritários oprimidos. Também foi pauta os ataques que os movimentos indígenas na região têm sofrido. A discussão resultou em uma moção de repúdio contra um violento ataque às famílias Kariri Xocó daquela região, em 25 de maio (leia aqui). 
 
Após o almoço, a terceira mesa trouxe o assunto “Relatos de experiências: questões organizativas e funcionamento do ANDES-SN”. O espaço pôde proporcionar aos professores, entre outras reflexões, temas como a organização interna do Sindicato Nacional, as contribuições financeiras, o funcionamento das seções sindicais, além da importância de fortalecer a CSP-Conlutas. 
 
Além do Encontro ter sido considerado positivo pelo teor das discussões, os professores presentes na atividade também ressaltaram a boa representatividade, com a participação da maioria das seções sindicais da Regional Nordeste III. Marcaram presença associações docentes da Bahia, Sergipe e Alagoas. As quatro estaduais baianas, que compõem do Fórum das ADs estiveram no Encontro.