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Diretor do ANDES-SN vai a Honduras acompanhar eleições deste domingo

O encarregado de Relações Internacionais e 2º vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, Hélvio Mariano, só conseguiu entrar em Honduras, nesta quinta-feira (26/11), após muitas negociações com o governo golpista que se instalou no país. Hélvio integra uma missão de observadores internacionais que se deslocou até a capital Tegucigalpa para acompanhar as eleições do próximo domingo (29/11).

De acordo com ele, a dificuldade em obter acesso ao país se deve ao estremecimento das relações entre o Brasil e Honduras. O governo brasileiro já declarou que não irá reconhecer o presidente que for escolhido nas eleições. Desde o início da crise no país centro-americano, o Brasil tem defendido o retorno à presidência de Manuel Zelaya, que está abrigado há dois meses na embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Em Tegucigalpa, Hélvio e os demais observadores internacionais foram recebidos por lideranças locais que os colocaram a par de todo o processo de luta contra o golpe militar. Eles visitaram os locais de concentração dos trabalhadores e estudantes que protestam contra o golpe. “Os trabalhadores hondurenhos denunciam que são vítimas de prisões irregulares e intimidações, sendo a mais comum a explosão de bombas no período noturno”, conta o dirigente sindical.

Conforme ele, na noite da quinta-feira (26/11), foi possível observar um destes movimentos do exército local, que ocupa várias ruas para desarmar "supostas" bombas colocadas em bares, restaurantes, órgãos governamentais, entre outros. “Felizmente, ninguém saiu ferido de nenhum desses ‘atentados’ contra a eleição, como eles dizem por aqui”, acrescenta.

Para Hélvio, a estratégia utilizada pelo governo golpista ajuda a diminuir a resistência da população. “Este clima de tensão corrobora para que o medo se dissemine na população local e diminua as pressões sobre o governo golpista de Honduras. Porém, ainda tem muita resistência por aqui, como podemos observar nos muros pichados, nas paredes pintadas e nas conversas com trabalhadores que não aceitam mais golpes militares e exigem uma constituinte imediatamente”, conclui.