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Dia de Luto Contra a Violência do Governo Rui Costa acontece nesta terça-feira (30)



 Os professores das Universidades Estaduais Baianas (Ueba), nesta terça-feira (30), realizam o Dia de Luto Contra a Violência do Governo Rui Costa. O protesto acontecerá em todo o Estado, pelos docentes da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc, e foi uma orientação do Fórum das ADs, que fez reunião em Salvador, no último dia 24.08. A ação será em solidariedade aos professores da Uesb, Reginaldo de Souza e Sandra Ramos, duramente agredidos pelos seguranças do governador, durante manifestação pacífica, em 22.08, em Vitória da Conquista.

Neste dia de protesto, a recomendação do Fórum das ADs é que os professores vistam roupas pretas e reservem dez minutos de suas aulas para discutirem com os estudantes a criminalização dos movimentos sociais, a violência e o autoritarismo do governo Rui Costa. Os professores do Movimento Docente convidam estudantes e servidores técnicos a participarem da mobilização. Também é solicitado que fotos de docentes, estudantes e técnicos, vestidos de preto e com cartazes de protesto, sejam compartilhadas nas redes sociais. 

Violência do governo

O mais recente ato de violência do governo Rui Costa contra a comunidade acadêmica das Ueba, aconteceu na segunda-feira (22), durante um protesto pacífico de professores e estudantes da Uesb, na inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Vitória da Conquista. Na ocasião, o docente Reginaldo de Souza, na frente de todas/os que estavam no evento, inclusive, inúmeros veículos de imprensa, foi espancado e arrastado pela segurança oficial até desmaiar. Já a professora Sandra Ramos, recebeu um tapa no rosto e foi ofendida com xingamentos machistas por outro segurança de Rui Costa. Leia aqui nota de repúdio do Fórum das ADs.
                                                                                                                                        Foto: Site Jornal do Sudoeste
Após agressão e desmaio, professor é atendido por médico

De acordo com a diretoria da ADUNEB, o governo da Bahia, novamente demonstrou sua face autoritária e violenta, algo que se tornou corriqueiro na gestão de Rui Costa, toda vez que o político e seus representantes são pressionados e confrontados diante à sociedade. O sindicato relembra que a greve de 2015, por muito pouco, não teve uma página de massacre da comunidade acadêmica. Durante a ocupação da Secretaria da Educação, a mando do governador, o interlocutor da negociação foi um coronel da Rondesp, corporação policial conhecida pelo uso da violência e acusada de inúmeros assassinatos em Salvador. Durante a mesma ocupação, vários policiais tentaram intimidar os manifestantes, que lutavam pela melhoria na educação pública, circulando próximo ao recinto com metralhadoras em punho (leia mais). 
 
Ocupação da SEC - metralhadora contra a educação pública
 
O uso extremo da violência também foi novamente utilizado pelos representantes do governo petista, dessa vez contra estudantes das Ueba, tendo a imprensa como testemunha, em 09.12.15, no interior da Assembleia Legislativa da Bahia. Na conturbada sessão plenária, professores, estudantes e técnicos, tentavam adiar a votação do pacote de maldades, que Rui Costa buscava impor ao funcionalismo público, assim como barrar a votação do falho projeto de auxílio permanência estudantil. Diante de mais uma manifestação pacífica, os representantes do Movimento Estudantil, Davidson Brito (Uesc) e Marcela Prest (Uefs), foram covardemente agredidos e arrastados por seguranças do braço forte do Estado (leia mais). 
 
Davidson e Marcela - estudantes agredidos na Assembleia Legislativa
 
A ADUNEB ressalta com preocupação que, para além das Universidades Estaduais Baianas e dos movimentos sociais, a violência do governo Rui Costa é mais intensa. Inúmeras são as denúncias de espancamentos e assassinatos, a exemplo do episódio que ficou conhecido nacionalmente como Chacina do Cabula, em que doze jovens foram mortos pela Polícia Militar de Salvador. Sob a acusação de massacre, assassinato e exigências de explicação, o governador comparou a atuação dos PMs a artilheiros na frente do gol. Leia matéria especial da ADUNEB sobre o assunto: “Chacina do Cabula – O clamor por justiça um ano depois”. (leia mais).