DCV intensifica manifestações – Protesto na Av. Paralela obrigou SEC a discutir reivindicações
Nesta terça-feira (01) professores e estudantes dos seis cursos da área da saúde da Uneb, Campus de Salvador, ocuparam a Avenida Paralela e as ruas do Centro Administrativo da Bahia. A manifestação fez parte da intensa agenda de mobilizações do Departamento de Ciências da Vida (DCV), que tem como bandeira de luta o retorno dos adicionais de insalubridade cortados dos docentes, além da melhoria na infraestrutura dos cursos que, entre outros pontos, necessitam de laboratórios, clínicas escola, contratação de professores, equipamentos e materiais didáticos.
Vestida de branco, com apito, nariz de palhaço e faixas de protesto, a comunidade acadêmica do DCV mostrou união e que, se o governo Rui Costa não der soluções aos problemas, as ações de protesto serão ainda mais intensas. A força do movimento desta terça-feira obrigou os representantes da Secretaria da Educação (SEC) a receber uma comissão de professores e estudantes para discutir a pauta de reivindicações.
Durante a apresentação da pauta, a comissão do DCV não poupou críticas ao governo Rui Costa. Segundo o relato dos professores presentes à reunião, os representantes da SEC desviaram a responsabilidade dos problemas à Reitoria da Uneb, pois seriam assuntos relacionados à gestão da universidade. Novamente os governistas tentaram desviar o foco da falta de investimento na educação pública com a desculpa da crise financeira do Estado. O único comprometimento feito à comissão do DCV foi o de tentar organizar uma mesa única de negociação com as secretarias da Administração, Educação e Relações Institucionais.
Durante as manifestações que têm ocorrido, desde o final de janeiro, as falas de denúncias feitas por docentes e estudantes demonstraram a forma precária na qual se encontram os cursos. O elevador da clínica de Fisioterapia, localizada no 3º subsolo, nunca funcionou, o que compromete o tratamento e a locomoção dos pacientes. A clínica de Fonoaudiologia, por problemas no telhado, foi encharcada pelas chuvas de fevereiro e está sem condições de trabalho. Já no curso de Medicina, a situação é ainda mais grave. Para que o 8º período da graduação tenha a possibilidade de iniciar o próximo semestre, é necessária a contratação de 20 professores, além da disponibilidade de campo de prática para a aprendizagem dos futuros médicos. Inúmeras outras questões que impactam os seis cursos também são apontadas.
Fotos: Dafis
Comunidade do DCV em protesto na SEC