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Comunidade acadêmica paralisa e faz Ato Público por orçamento as Ueba

 As palavras de ordem entoadas pela comunidade acadêmica, das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), novamente coaram nos gabinetes da Assembleia Legislativa (Alba). Por maior orçamento à educação pública superior mais de 200 manifestantes, entre professores, estudantes e servidores técnicos realizaram Ato Público nesta terça-feira (01). As principais reivindicações eram uma emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, e o aumento do repasse da Receita Líquida de Impostos (RLI) de 5% para 7%. 

Convidada como uma das conferencistas da aula pública, que ocorreu durante a atividade, a economista da Uesb, Sofia Manzano, demonstrou a excelente saúde financeira do Estado. Para a pesquisadora, o governo Rui Costa falta com a verdade ao informar que a Bahia passa por crise orçamentária. Pratica o desmonte do serviço público, joga a culpa nos trabalhadores, ataca as políticas sociais e privilegia a política rentista, gerando lucro às grandes empresas privadas, que praticam o acúmulo de capital.  
 
Manifestantes reivindicam aumento de orçamento as Ueba
 
Segundo informações fornecidas pelo próprio governo, em 2013, o superávit primário (saldo positivo entre despesas e receitas) da Bahia foi de R$ 300,8 milhões; em 2014, o saldo foi três vezes maior, chegando a R$ 1,13 bilhão (leia mais). Apenas no segundo quadrimestre deste ano, o superávit foi de R$ 1,95 bilhão (leia mais). 
 
Durante a atividade uma comissão de professores percorreu novamente os gabinetes dos deputados para reforçar a necessidade de maior orçamento as Ueba. Os docentes foram recebidos pela bancada da minoria e também pressionaram o líder da maioria. Segundo o Movimento Docente, o Ato Público teve avalição positiva e boa repercussão na imprensa estadual (leia mais). As atividades de mobilização continuarão até que o governo atenda às demandas orçamentárias das Ueba.
 
Professores em conversa com deputados da bancada da minoria
 
Pacote de maldades
 
A construção do ato público ganhou mais um incentivo na última quinta-feira (27), a partir do pacote de maldades que o governo da Bahia encaminhou à Alba. As propostas têm o intuito de cortar garantias e direitos trabalhistas historicamente conquistados pelos servidores públicos. Durante a sessão da Câmara, os manifestantes lotaram a galeria do plenário para pressionar os deputados à recusarem a integralidade da proposta. Uma paralisação geral da categoria, com a participação da comunidade acadêmica da Uneb, que terá os portões fechados, será realizada na próxima quarta-feira (09), na Alba (leia mais).