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Estatuinte – Reitoria admite respeito à paridade entre professores, técnicos e estudantes

 A Plenária realizada pelos professores do Departamento de Educação do Campus I, nesta segunda-feira (30), abriu espaço para que a comunidade acadêmica pudesse avançar nas discussões sobre a criação de um novo estatuto na Uneb. Durante o debate com a presença da ADUNEB, pela primeira vez, a Reitoria mostrou ter concordância com parcela importante dos princípios defendidos pelo Movimento Docente (MD).  A atividade contou ainda com a participação do DCE. 

Na intensa discussão cada um dos representantes dos segmentos presentes pôde defender seus princípios quanto à Estatuinte. Próximo ao término da atividade, o representante da Reitoria, Wilson Mattos, afirmou que o grupo gestor não pretende se inserir no debate como um quarto segmento da comunidade acadêmica. Além disso, ainda declarou que a Administração Central pode apoiar a paridade no pleito entre professores, estudantes e técnicos, em momento posterior do processo Estatuinte. Isso seria possível desde que, em cada um dos três segmentos que irão compor o processo final de discussão, esteja assegurada a representação de diferentes agentes políticos.
 
Professores do DEDC-I compareceram em bom número ao debate
 
Segundo o representante da diretoria da ADUNEB no debate, professor Milton Pinheiro, as afirmações de Mattos refletiram alguns dos princípios defendidos há meses pelo MD, que busca a participação democrática da comunidade acadêmica, tendo ainda, dentro desse espaço, o amplo amparo dos setores oprimidos da sociedade. No debate Pinheiro ainda reforçou outros princípios defendidos pelos docentes, como a formação de comissões, que farão discussões em reuniões e plenárias; o respeito às peculiaridades da multicampia; a conclusão do trabalho por meio de um Congresso Estatuinte, entre outros, reafirmando sempre o princípio a paridade entre os segmentos.
 
A diretoria da ADUNEB ressalta que observa como saudável as contribuições que poderão ser oferecidas às discussões pelo grupo gestor. Porém, é fundamental o respeito às únicas três categorias que compõem a comunidade acadêmica: docentes, servidores técnicos e estudantes. O papel da Administração Central deve ser contribuir com sua experiência, além de oferecer apoio e infraestrutura para o bom andamento de todo o percurso. Atitudes essas já adotadas pelas reitorias de Uefs e Uesb, nos processos estatuinte vigentes nessas outras duas universidades estaduais baianas. Da mesma maneira, diante de toda a construção amplamente democrática, caberá ao Conselho Universitário não o papel de instância que substituirá o Congresso, mas o de fomentar o debate em respeito à comunidade acadêmica e, no final dos trabalhos da Estatuinte, homologar e legitimar o novo estatuto. 
 
Em uma breve fala a representante do DCE, Jamile Santos, também defendeu a construção do processo estatuinte por meio de discussões amplamente democráticas, com a participação de movimentos da sociedade civil organizada. Segundo a estudante, a deliberação foi tirada pelo Conselho de Entidades Estudantis da Uneb, realizada em Senhor do Bonfim, em agosto deste ano.
 
Diretor da ADUNEB defende a paridade na Estatuinte