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Vito presente, sempre!

 A comunicação sindical, operária e popular brasileira perdeu na última sexta-feira (24) um dos seus maiores e mais ativos representantes. Vito Giannotti faleceu no Rio de Janeiro aos 72 anos. Vitão, como era carinhosamente conhecido no meio sindical, era muito mais que historiador, escritor, jornalista e professor. Era um militante social incansável em defesa da classe trabalhadora. Com carisma e estilo inconfundível, renovava sua energia pra luta a cada nova palestra, a cada nova fala, a cada novo livro publicado. 

Vitão nasceu na Itália em 1943. Radicado no Brasil há mais de 50 anos. Foi como militante do movimento operário que lutou contra a ditadura militar. Quando o objetivo era a defesa da classe trabalhadora contra o capital não media esforços. Encontrou na comunicação sindical, operária e popular a sua principal ferramenta de luta. Por meio de suas palestras, entrevistas e livros colaborou na formação de centenas de jornalistas e comunicadores, todos para o enfrentamento á mídia burguesa e desconstrução do discurso hegemônico. 
 
No começo da década de 90 fundou o Núcleo Piratininga de Comunicação, responsável pelo maior evento anual de comunicação sindical do país. Vitão rompeu barreiras e paradigmas. Mostrou que a simplicidade é o segredo da escrita revolucionária. É autor de 20 livros, entre eles, “O que é jornalismo sindical” (ed Brasiliense, 1998); Comunicação Sindical, falando para milhões (Ed. Vozes); Muralhas da Comunicação (Ed. Mauad) e Dicionário do Politiquês (Edições NPC). 
 
Em 2014, convidado pelo Fórum das ADs, Vito esteve na ADUNEB para realizar uma palestra sobre comunicação sindical. Poucos dias antes havia sofrido um princípio de derrame. Como um bom lutador era forjado no aço. Não se intimidava diante de nada, nem mesmo da morte. Vito se foi. Deixou conosco sua história, seu exemplo e, acima de tudo, suas obras, um legado imprescindível à luta revolucionária.  
 
Obrigado companheiro! 
Vito presente, sempre!
                                                                        Foto: Centro de Estudos Victor Meyer