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Greve continua na UNEB



Reunidos na manhã de hoje, 13 de maio, os professores da UNEB mantiveram a greve sem nenhuma intervenção contrária a sua continuidade. O clima da plenária foi de intensificar e radicalizar as ações do movimento grevista, uma vez que o governo continua com a mesma proposta de engessar o movimento, congelar os salários por 4 anos e de contingenciamento nos orçamentos das Universidades Estaduais  através do Decreto 12.583/11 (veja aqui).

A assembleia avaliou a última “proposta” de alteração da redação da cláusula da mordaça, segundo artigo no Acordo de Incorporação da CET, encaminhada pelo governo na noite de 06 de maio para o Fórum das ADs (veja aqui). Para a categoria, na prática, o governo não apresentou uma nova proposta, uma vez que manteve o caráter intervencionista da cláusula (veja as três propostas de redação apresentadas pelo governo aqui).  Neste sentido, a assembleia rejeitou a mudança do texto e manteve a exigência pela retirada integral da cláusula. “Não há razão para a existência dessa cláusula no Acordo de Incorporação da CET a não ser pelo fato do governo querer comprar o nosso silêncio por 04 anos”, afirmou professora Nora de Cássia do campus V.

A assembleia ratificou também que as motivações da greve não foram apenas salariais, mas também em virtude do contingenciamento imposto pelo novo Decreto 12.583/11. Neste sentido, como o governo ainda não apresentou nenhuma disposição em atender as reivindicações do movimento, a categoria deliberou pela intensificação das atividades da greve.

Os informes dos campi e do comando de greve demonstraram o crescimento do movimento grevista e a disposição da categoria em aumentar as mobilizações. Para os próximos dias, estão previstos ato na SEC, dia de luta contra o decreto, manifestação no Iguatemi, entre outras atividades.

A assembleia deliberou, ainda, a necessidade de pressionar ainda mais os Reitores a se posicionarem publicamente sobre o contingenciamento de verbas imposto pelo governo. Além disso, pressionar o governo a realizar uma reunião entre Reitor, representantes do governo e os três segmentos universitários para discutir e encaminhar soluções sobre o Decreto 12.583/11.

Veja abaixo o calendário de mobilização da próxima semana e ações indicadas pela assembleia. Vale destacar que os departamentos devem continuar realizando suas atividades locais, intensificando assim a greve em todo o Estado. 

 

Calendário:


16 de maio (segunda-feira) – Reunião com o governo sobre campanha salarial 2010, às 14h na SEC. Na ocasião, o movimento grevista das quatro universidades realizará um ato público em frente à Secretaria.

19 de maio (quinta-feira) – “Dia de luta contra o decreto de contingenciamento”. Todos os departamentos deverão organizar visitas aos órgãos da imprensa local para denunciar à população baiana os motivos da greve e a atual situação das Universidades Estaduais.  19 de maio será o dia da UNEB na Mídia com o objetivo de dar visibilidade aos problemas impostos pelo decreto.

20 de maio (sexta-feira) – Ato público no Iguatemi, às 15h. O ato é unificado com o movimento grevista das outras 3 Universidades Estaduais.

Ações:


Exercer pressão para realização de uma reunião com os Reitores, representantes do governo e os três segmentos universitários para negociação sobre o decreto.

Agendar novas discussões por videoconferência com Reitor sobre a situação da UNEB

Agendar reunião com Fórum dos Diretores

Realização de uma atividade conjunta do comando de greve da UNEB com o comando de greve da UESB em Vitória da Conquista.
 


Assine a Petição Pública pela Revogação do Decreto 12.583/11

A assembleia de professores da UNEB deliberou a ampla divulgação do abaixo-assinado eletrônico pela imediata revogação do decreto. O objetivo é utilizar mais este instrumento para conseguir o apoio da população e pressionar o governo.