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Professoras/es da UNEB aprovam estado de greve
 Governo se comprometeu em apresentar nova proposta de recomposição salarial nesta quinta-feira (19)


 
A assembleia das professoras e dos professores da UNEB realizada na tarde desta segunda-feira (16) aprovou o estado de greve da categoria docente. Esse é o último estágio antes da deflagração da greve por tempo indeterminado. Embora a possível deflagração da greve estivesse na pauta da assembleia, de maneira responsável e reforçando o interesse em negociar, a categoria docente adotou a estratégia de aguardar a nova proposta do governo, que será apresentada na mesa de negociação, nesta quinta-feira (19).

Os representantes de Jerônimo Rodrigues haviam se comprometido em apresentar uma nova proposta apenas na segunda-feira (23). A partir da pressão da categoria docente e da possibilidade de greve, a mesa de negociação foi reagendada para esta quinta-feira.

A última proposta do governo, também rechaçada pela categoria docente, propunha um ganho real, ou seja, com valor acima da inflação, que em dezembro de 2026 atingiria o índice de apenas 3,5%, pago em três parcelas de 1,15% (leia aqui). Segundo o DIEESE, desde 2015, as perdas acumuladas em decorrência da inflação chegam a 35% dos salários. 

Durante a assembleia, a tônica dos discursos feitos pela categoria docente foi o descontentamento e a indignação com a falta de vontade política do Governo da Bahia, na mesa de negociações. As representações sindicais tentaram abrir essas negociações desde o começo do governo de Jerônimo Rodrigues, em janeiro do ano passado. Mas, só começaram efetivamente a partir das assembleias aprovarem, no início de junho deste ano, o indicativo de greve. Desde o início de 2023, 14 reuniões aconteceram e outras quatro foram desmarcadas pelo Executivo. 

O Coordenador Geral da ADUNEB, Clóvis Piáu alerta que, além da questão salarial, existem outros pontos na pauta de reivindicações que os representantes de Jerônimo Rodrigues não dialogam, a exemplo da garantia de direitos trabalhistas como promoção, progressão e adicional de insalubridade; além da ampliação e desvinculação do quadro de vagas docentes. Outros professores, durante a assembleia, também fizeram falas de indignação pela falta de diálogo do governo com os demais itens da pauta.

Negociação

Segundo o professor João Borges, Coordenador de Comunicação da ADUNEB, “A disposição do Movimento Docente em seguir as negociações e caminhar para a solução dos impasses precisa ser ressaltada. Em todas as reuniões demonstramos responsabilidade e vontade em negociar. Porém, a categoria demonstra que chegou no limite. Se a proposta que será apresentada nesta quinta-feira não demonstrar uma nova postura do governo, a greve por tempo indeterminado poderá ser a respostas das professoras e dos professores da UNEB”, finalizou Borges. 

A próxima assembleia docente, que poderá deflagrar a greve, já foi agendada para a segunda-feira (23).
 
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