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Greve!



No final da tarde de hoje (10.06), os professores da UNEB entraram em GREVE por tempo indeterminado. Para a categoria, a deflagração da greve é uma resposta à intransigência do governo em não negociar a pauta de reivindicação do movimento apresentada desde o ano passado.  Após uma rica discussão, os professores avaliaram que a radicalização através da greve se fez necessária, uma vez que, todos os recursos foram utilizados na tentativa de sensibilizar o governo a abrir a mesa de negociação. Neste sentido, os professores da UNEB estão em greve por (ir)responsabilidade do governo, que segue enrolando o movimento com reuniões sem caráter de negociação.

Conforme deliberação da assembléia, a partir de amanhã o atual calendário acadêmico não será mais reconhecido.  Em outras palavras, as atividades acadêmicas realizadas a partir de amanhã não serão contabilizadas. Inclusive, essa deliberação foi reafirmada pelo comando de greve em reunião com a Reitoria.

Chega de Enrolação!

A política do governo em empurrar as negociações para o final do ano foi considerada uma tentativa de preservar a sua imagem no processo eleitoral. No entanto, a assembléia reafirmou que o compromisso dos professores da UNEB é com as reivindicações da categoria e, portanto, o movimento não vai se calar!

Greve é com mobilização!

Como encaminhamento, a assembléia instituiu o comando de greve, composto por todos os professores interessados em construir cotidianamente as mobilizações. Na ocasião, um calendário inicial de atividades foi aprovado: amanhã, os professores, junto com os estudantes do campus V, irão fazer um ato em Santo Antônio de Jesus, onde o governador irá participar de um evento. Uma nova assembléia acontecerá no dia 17 de junho, com horário e local a confirmar. No dia 17, haverá também um ato político na posse dos novos diretores de departamento da UNEB.

Outra atividade de mobilização da greve já confirmada é a participação no cortejo do 2 de julho. No dia da Independência da Bahia, os professores irão denunciar o autoritarismo do governo Wagner. 

O comando de greve orienta a formação de comandos locais para a realização de mobilizações nos departamentos.


Venha construir essa GREVE.
Sozinho, o bicho pega! Juntos, a história é outra!

 

Ato no Iguatemi reforçou visibilidade do movimento


Raíza Rocha

Na última quarta-feira (09.06), os professores da UNEB, UEFS, UESB e UESC paralisaram suas atividades acadêmicas e realizaram um ato público em frente ao Iguatemi. Os docentes fizeram nas ruas o “Arraiá dos baixos salários: no governo Wagner quem dança são os professores”, com o objetivo de expor à sociedade baiana os problemas enfrentados pela Educação Superior. Com faixas, cartazes, apitos e chapéu de palha, o movimento denunciou o desrespeito e descaso do governo Wagner com as universidades estaduais, patrimônio do povo baiano! Foram distrubuídos mais de 5 mil panfletos para a população que explicavam as reivindicações do movimento e a sua importância para assegurar um bom funcionamento das universidades.  

Em meio à mobilização, representantes das AD´s e ANDES foram convidados pelo líder do Governo, Dep. Valdenor Pereira para conversar. Durante a reunião, o deputado afirmou categoricamente que o governo não abriria a mesa de negociação antes de novembro. Todavia, segundo ele, o governo assinaria um documento propondo a incorporação da CET, mas sem definir data e percentual da incorporação. Ao mesmo tempo, colocou como condição para assinar esse suposto documento, a promessa do movimento docente de que não iria realizar nenhuma mobilização até o final do ano e nem incluir a discussão da pauta emergencial.

Os professores da UNEB consideraram essa proposta como um desrespeito à autonomia e independência do movimento.