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Universidades estaduais baianas realizam protesto no CAB nesta quarta-feira (27)



 A comunidade acadêmica das universidades estaduais baianas (Uneb, Uefs, Uesc e Uesb) fará ato público no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, nesta quarta-feira (27), a partir das 9h. Para o mesmo dia, os professores da Uneb e Uesb aprovaram paralisação das atividades acadêmicas e administrativas. A expectativa é que Uefs e Uesc também irão aderir à paralisação, que foi indicada pelo Fórum das ADs. O protesto é para denunciar a falta de vontade política do governo Rui Costa, que se recusa a abrir negociação com a categoria docente. Na Uneb a aprovação da paralisação, que será com portões fechados, aconteceu em assembleia geral da ADUNEB, em 17 de agosto, no Campus I da universidade. 

Caravanas trarão a comunidade acadêmica dos campi do interior à manifestação na capital. Os interessados devem entrar em contato com a ADUNEB pelo e-mail: aduneb@aduneb.com.br

Para a diretoria do sindicato, a indignação com a falta de comprometimento do governo Rui Costa é crescente. Os docentes de Uesb e Uesc já aprovaram indicativo de greve. O tema já foi discutido em assembleia da ADUNEB e, caso permaneça o descaso, não está descartado o retorno da pauta em nova assembleia.

Reajuste linear 
 
Há mais de dois anos o governo não paga a recomposição inflacionária a aproximadamente 270 mil funcionários públicos do estado. Na prática, isso significa quase 20% de prejuízo no orçamento familiar de milhares de servidores. 

Direitos trabalhistas
 
Depois de muita pressão, a ADUNEB e o Fórum das ADs conseguiram arrancar do governo progressões e parte das promoções, que estavam travadas pela Saeb, desde o final de 2015. Apesar disso, apenas na Uneb, ainda ficaram na lista de espera mais 299 docentes com alterações de regime de trabalho e promoções pendentes. Além disso, direitos como o adicional de insalubridade não são pagos a inúmeros docentes das Ueba.
 
Recomposição salarial

Segundo o cálculo do Fórum das ADs, após o acúmulo da inflação dos últimos dois anos, período em que o governo Rui Costa negou o pagamento da reposição inflacionária à categoria, a reivindicação salarial deste ano é de 30,5%. O cálculo é o resultado da soma das perdas ocasionadas pela inflação de 2015 e 2016, acrescido de uma política de recomposição salarial.
 
Orçamento escasso
 
A cada ano aumenta a quantidade de pesquisas, cursos, alunos e necessidades de laboratórios e materiais didáticos. Para suprir as demandas em ensino, pesquisa e extensão o atual repasse de 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI) está longe do ideal. A falta de recursos tem causado o desmonte do ensino público superior e a precarização do trabalho de docentes e servidores técnicos. A reivindicação é o aumento para 7% da R.L.I.. A falta de orçamento também leva ao déficit de professores e técnicos. Outra reivindicação é a ampliação do quadro de vagas.
 
Passagem docente

A ADUNEB cobra uma solução definitiva da reitoria e do estado relacionada à garantia de passagens intermunicipais aos docentes, que dependem do ticket para trabalhar nos campi do interior. De maneira incansável, a diretoria do sindicato e a Comissão Passagens já fizeram várias reuniões com representantes do governo e da reitoria. O problema já fez com que vários campi deflagrassem greves locais, em 2016.

Licença sabática

Em novembro de 2015, o governo Rui Costa encaminhou à Assembleia Legislativa uma série de projetos de lei que atacam os direitos adquiridos dos docentes, entre eles, a licença sabática. Um benefício que permite ao professor aprimorar sua qualificação em estudos de pós-graduação, sem nenhum prejuízo ao governo e à universidade, pois outro professor substitui o licenciado sem ônus ao estado. 

Permanência estudantil
 
Atraso no pagamento de bolsas de pesquisa; falta de restaurantes universitários em todos os campi da Uneb; de postos de atendimentos médicos em todas as unidades do interior e moradias estudantis adequadas. Essa é a realidade da universidade. A ADUNEB apoia a pauta estudantil de 1% da R.L.I. para a permanência e assistência dos discentes.