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GT contra opressões do ANDES-SN faz novas ações em defesa das comunidades excluídas



 A ADUNEB participou no último final de semana, de 19 a 21 de maio, da reunião do Grupo de Trabalho Política de Classe para as questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual ( GTPCEGDS), do ANDES-SN. Na ocasião, as/os professoras/es do Movimento Docente, de várias regiões do país, puderam discutir sobre ações que pautam a defesa de grupos sociais oprimidos, a exemplo das comunidades negras, indígenas e LGBTs. A atividade aconteceu na sede do Sindicato Nacional, em Brasília.

Entre os principais pontos da pauta estavam a atualização da Cartilha Contra Opressões (leia aqui) e as discussões sobre maneiras de viabilizar o trabalho do Observatório da Violência. As duas ações foram propostas idealizadas pela ADUNEB, levadas à discussão no Congresso do ANDES-SN de 2014 e, depois de aprovadas, encampadas nacionalmente pelo Sindicato Nacional. 
 
Sobre a atualização da cartilha, além do aprofundamento de alguns temas, como a questão indígena, também foi elaborado um tema até então ausente no material, sobre o assédio sexual. De acordo com a diretora da ADUNEB, responsável pela pasta de Gênero, Etnia e Diversidade, Ediane Lopes, o trabalho foi fundamental, pois, tendo por base o número de denúncias, há evidências de que tem crescido em todo o país os casos de assédio sexual nas universidades. “O foco de nossas reflexões no GT foi a relação construída dentro da universidade, a partir dos processos de precarização. O debate levou em consideração o assédio sexual também como fruto da intersexualidade de vários elementos intrínsecos ao capitalismo, como as discussões sobre classe, patriarcado, etnicorraciais e a LGBTfobia”, afirmou a docente.
 
A expectativa é que a cartilha atualizada seja relançada no próximo Conad. Uma das propostas encaminhadas do GT, que será levada para discussão à diretoria do ANDES-SN, é que a mesa de abertura do evento discuta as questões de opressão e assédio sexual. 
 
Observatório da Violência
 
Outro projeto que começará a ser colocado em prática é o Observatório da Violência. O objetivo é fazer um amplo levantamento dos casos de assédios moral, sexual e outras formas de violência e opressão, que ocorrem dentro das universidades brasileiras. A partir do levantamento, o que se pretende é ter subsídios para que se possam criar ações mais concretas em defesa das comunidades acadêmicas das universidades.
 
Para começar a viabilizar o Observatório, o GT criou uma comissão nacional, que tem a representação da ADUNEB em sua composição. A primeira tarefa será produzir o questionário, que será aplicado ao conjunto da categoria por todo o país. Todas as informações obtidas pertencerão a um banco nacional de dados do ANDES-SN.