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ADUNEB lança cartilha e debate o enfrentamento às opressões



 A ADUNEB lançou nesta segunda-feira (24), no campus da Uneb de Salvador, a cartilha do ANDES-SN “Em defesa dos direitos das mulheres, dos indígenas, das/os negras/os, e das/os LGBT”. A atividade foi realizada na ocupação que o Movimento Estudantil faz ao prédio da reitoria. Para dialogar com os estudantes sobre a importância da cartilha estiveram presentes as professoras da ADUNEB, Caroline Lima (Campus de Eunápolis), Ediane Lopes (Campus de Teixeira de Freitas) e Luciana Souza (Campus de Santo Antônio de Jesus). Além de impressa, a cartilha também está disponível ao clicar aqui ou na página inicial do site da ADUNEB.

Professora da área de Geografia, Luciana Souza, iniciou saudando o Movimento Estudantil e as ocupações realizadas pelos discentes, em vários campi da Uneb, contra o governo Temer, a PEC 241/16 e por melhores condições de estudo. Luciana fez uma introdução em que demonstrou a importância do Grupo de Trabalho do ANDES-SN contra as opressões. Foi por meio do acúmulo de discussões deste grupo que já foram possíveis conquistas históricas como a defesa, por parte do Sindicato Nacional, no início dos anos dois mil, do sistema de cotas nas universidades públicas. Da mesma maneira, a cartilha contra opressões, é analisada agora como outro importante avanço contra a ofensiva conservadora.  
 
Estudantes durante o lançamento da cartilha

Docente do Campus de Teixeira de Freitas, Ediane Lopes, ressaltou que a cartilha é fruto da luta do Movimento Feminista. Para a professora, não há a possibilidade de discutir sobre classes sociais sem problematizar também questões relacionadas ao gênero, raciais e outros setores oprimidos. “São questões transversalizadas, que a cartilha tenta trazer à tona e orientar. Queremos informar sobre como intervir e combater a realidade opressora. A publicação é uma ferramenta de luta contra o machismo e o preconceito”, explica Ediane.

De acordo com a professora Caroline Lima, a cartilha é também um instrumento importante para o enfrentamento ao reacionário Movimento Escola Sem Partido. O avanço e as conquistas dos setores oprimidos da sociedade acontecem a partir da ampliação do debate, da conscientização sobre a importância da luta e da organização de mais espaços formativos. Assim, um dos objetivos da cartilha é justamente promover a disseminação das discussões nas instituições de ensino e, consequentemente, no interior da sociedade. Tal ação é criticada pelos defensores do Escola Sem Partido, que buscam justamente a formação de estudantes sem espírito crítico e sem consciência político-social. Assim, torna-se mais fácil a redução de direitos e o avanço do conservadorismo.

Durante o debate, tanto as/os representantes do Movimento Estudantil quanto da ADUNEB, diante do aumento de denúncias dos casos de assédio moral e sexual na Uneb, reconheceram a necessidade da luta conjunta contra os opressores. Além disso, urge a necessidade de intensificar, de maneira organizada, as disputas pelos espaços de poder na universidade. Somente assim será possível fazer valer o amplo direito a mulheres, negras/os, LGBTs e demais minorias. 
 
Atentos ao debate