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Fetrab demonstra passividade e não avança na greve geral



 A direção sindical da Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab) se reuniu em plenária junto com o Fórum das ADs e demais entidades do funcionalismo público do Estado da Bahia, na última quinta-feira (21), para avaliar a paralisação estadual, de 20.07, e os encaminhamentos da plenária anterior. Para o Fórum das ADs, mais uma vez, a direção da Fetrab demonstrou passividade e descumpriu a decisão aprovada na última plenária, que deliberou pelo indicativo de greve geral na Bahia. 

A plenária, de 21.07, que contou com várias representações sindicais, tinha como objetivo tanto discutir o avanço na construção da greve geral do funcionalismo, quanto avaliar as várias atividades de protesto e mobilização dos servidores públicos do dia anterior, quarta-feira (20). Três manifestações ocuparam as ruas e o cenário político em Salvador, sobretudo, o intenso protesto realizado, no Iguatemi, pela comunidade acadêmica das Universidades Estaduais Baianas (Ueba). Além desse, a Fetrab fez ato público na Praça da Piedade e a APLB protestou no Centro Administrativo da Bahia.
 
Durante as discussões da plenária ampliada, na quinta-feira (21), de acordo com as Associações Docentes de Uneb, Uefs, Uesb e Uesc, embora as mobilizações tenham sido consideradas positivas, as direções sindicais filiadas à Fetrab, deram claras evidências que não possuem nenhum compromisso para construir a unidade em defesa dos direitos trabalhistas do funcionalismo estadual e da educação pública e gratuita.
 
Na plenária anterior, ocorrida no dia 5 de julho, o conjunto dos servidores públicos, após um intenso debate, deliberou pela aprovação do indicativo de greve a ser defendido pelo conjunto das direções sindicais nas assembleias das categorias. A ação foi considerada necessária na tentativa de barrar e denunciar os pacotes de maldades, dos governos estaduais e federal, aos direitos trabalhistas e aos serviços públicos, expressos principalmente nos PL 257/16, PEC 241/16 e no não pagamento do reajuste linear. Mas, mesmo diante dos ataques governistas e das insatisfações das diversas categorias do funcionalismo, traduzidas em inúmeras falas, a maioria das direções dos sindicatos que compõem a Fetrab não pautou e nem aprovou o indicativo de greve.
 
Segundo a diretoria da ADUNEB, apesar dos discursos de muitos militantes reconhecerem a necessidade de lutar contra os ataques, que justificam o chamado à greve geral, as falas das direções da Fetrab foram em caminho oposto, não avançaram e nem fortaleceram a construção da greve geral. Ao contrário, manifestaram passividade e a falta de disposição em mobilizar e unificar os trabalhadores com saídas à classe. As exceções foram os Sintest Uneb e Uefs que, comprometidos com a luta e com a categoria, aprovaram em suas assembleias o indicativo de greve. 
 
Para o Fórum das ADs, as Associações Docentes das Ueba cumpriram com os encaminhamentos tirados na plenária ampliada do funcionalismo, em 05.07, diferentemente da Fetrab, que negligenciou a deliberação coletiva. De maneira democrática as Universidades Estaduais discutiram e aprovaram o indicativo de greve nas assembleias da categoria. Da mesma forma, o Movimento Docente continuará na luta em defesa dos direitos trabalhistas, na construção da unidade na pauta que une os servidores públicos. O Fórum das ADs continua conclamando todos os sindicatos de servidores que, na prática, realmente estejam comprometidos com os interesses dos servidores e da classe trabalhadora, a união, luta conjunta e greve geral. 
 
Uma audiência entre os professores das Ueba e o secretário da educação, Walter Pinheiro, está agendada para o próximo dia 09 de agosto. Já no dia 10 acontece reunião extraordinária do Fórum das ADs, em Salvador, no auditório da ADUNEB.