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Comunidade acadêmica das Ueba faz forte protesto em Salvador



 Em mais uma demonstração de força e poder de mobilização a comunidade acadêmica das Universidades Estaduais Baianas (Ueba), nesta quarta-feira (20), em protesto, ocupou a região do Iguatemi e Av. Tancredo Neves, centro financeiro de Salvador. O ato público foi para denunciar à sociedade o desmonte do serviço público estadual e lutar pela sobrevivência das Ueba, um patrimônio do povo baiano.

A manifestação reuniu centenas de professores, estudantes e servidores técnicos da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc. O ato contou com a participação da CSP-Conlutas Bahia, coletivos do movimento estudantil, organizações políticas, além de outras categorias do funcionalismo público, a exemplo dos representantes do Sintest e do Ministério Público – BA. Entre as reivindicações estavam o pagamento do reajuste linear aos 270 mil servidores públicos do estado, o maior orçamento à educação pública superior e a retirada das discussões, do Congresso Nacional, das pautas sobre o PL 257/16 e a PEC 241/16. O protesto também incluiu palavras de ordem a favor do Fora Temer, da construção da greve geral e contra o corte de passagens intermunicipais de centenas de professores da Uneb (leia mais) que, embora tenha sido resolvido momentaneamente, precisa de muita luta para que tenha uma solução definitiva.

PL 257/16 
 
O PL 257/16 é considerado um dos mais fortes ataques dos governos estaduais e federal aos servidores municipais, estaduais e federal. O projeto de lei prevê, entre outros itens, que por dois anos aconteça o congelamento de salários, a proibição de progressão na carreira, de realização de concursos públicos e aumento da contribuição à previdência. A ofensiva do governo, que busca o desmonte do serviço público, afetará diretamente toda a população que utiliza a rede de serviço público de saúde, educação e segurança pública (leia mais).
 
Manifestação a caminho da Av. Tancredo Neves
 
PEC 241/16
 
A PEC 241/16 propõe o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. Proposto pelo governo interino de Michel Temer, o discurso do Planalto fala em controle de gastos públicos. Mas, na realidade, a intenção é transferir o orçamento economizado para o bolso de banqueiros, por meio do pagamento da dívida pública. Se aprovada, a norma impactará de maneira negativa inúmeros investimentos, em serviços públicos, nas áreas sociais (leia mais). 
 
Reajuste linear
 
O governo Rui Costa se nega a pagar o reajuste linear aos milhares de servidores públicos estaduais. Com data-base em 1º de janeiro, o citado reajuste é um direito historicamente previsto, que tem a função de recompor as perdas causadas pela inflação de 2015. Neste ano, se os servidores não tiverem o reajuste linear, com a inflação alta do ano passado, acontecerá um grande confisco no poder de compra dos trabalhadores. 
 
Reunião 
 
A pauta de reivindicações 2016 da categoria docente está protocolada na SEC desde 18 de dezembro do ano passado. No último dia 13.07, os professores do Fórum das ADs foram recebidos pelo novo secretário de educação, Walter Pinheiro (leia mais). O representante do governo, inicialmente, demonstrou interesse em negociar. A próxima reunião foi agendada para o dia 09 de agosto. 
 
Veja mais fotos do ato público no Facebook da ADUNEB.