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ADs discutem organização do grande ato público que acontecerá em Salvador na quarta-feira (20)



 Em reunião na ADUNEB, em 13.07, em Salvador, os professores do Fórum das ADs, espaço que reúne representantes das Associações Docentes de Uneb, Uefs, Uesb e Uesc, definiram os últimos detalhes relativos à organização do grande ato público de protesto, que acontecerá em Salvador, na quarta-feira (20). No mesmo dia, conforme aprovado nas assembleias docentes das quatro Universidades Estaduais Baianas (Ueba), os portões de todos os campi ficarão fechados e sem atividades acadêmicas. 

O protesto será em defesa da educação, da garantia de direitos trabalhistas e do serviço público. A manifestação acontecerá a partir das 8h30, na praça em frente ao antigo Shopping Iguatemi, em Salvador. De acordo com os organizadores, a expectativa é a presença de milhares de professores, estudantes e servidores técnicos das Ueba. Várias caravanas estão sendo organizadas para trazer a comunidade acadêmica de várias regiões do interior do estado.
 
A manifestação contará com a presença de inúmeras organizações políticas, movimentos sociais e sindicais ligados à CSP-Conlutas. Além disso, também foi feito o chamamento das demais categorias que compõem o serviço público estadual, organizados pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), a exemplo do Sintest Uneb, que também aprovou a paralisação e já garantiu presença. A ação visa a unidade de luta na construção da greve geral dos servidores públicos da Bahia.
 
Segundo a diretoria da ADUNEB, uma pauta comum unifica os protestos dos servidores públicos estaduais: o pagamento do reajuste linear da categoria, e a luta contra o Projeto de Lei (PL) 257/2016 (leia mais) e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016 (leia mais). 
 
Reajuste linear
 
O governo Rui Costa se nega a pagar o reajuste linear a cerca de 270 mil servidores públicos estaduais. Com data-base em 1º de janeiro, o citado reajuste é um direito historicamente previsto e tem a função de recompor as perdas causadas pela inflação do ano anterior. Neste ano, o governo petista ataca as famílias dos trabalhadores e ameaça não efetuar o pagamento. Pior ainda é a situação de aproximadamente 30 mil servidores, que atualmente possuem remuneração abaixo do salário mínimo.
 
Cofre robusto
 
De acordo com a ADUNEB, a farsa governista que afirma a falta de recursos no cofre público e a necessidade de corte na carne do trabalhador já não convence mais as categorias, que compõem o funcionalismo público. Os próprios relatórios do governo desmentem o discurso dos representantes de Rui Costa. Dados do documento de Avaliação de Cumprimento das Metas Fiscais mostram que as receitas do Estado, neste primeiro quadrimestre, totalizam R$ 13,14 bilhões, o que significa um aumento de 7,40% em relação ao ano anterior. Informações oficiais demonstram ainda que, em 2013, o superávit primário (saldo positivo entre despesas e receitas) da Bahia foi de R$ 300,8 milhões. Já em 2014, o saldo foi três vezes maior, chegando a R$ 1,13 bilhão.