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RESPOSTA DA ADUNEB À CARTA ENVIADA POR PROFESSORAS/ES



 Fora Temer: a luta continua contra o governo ilegítimo e pelos direitos dos trabalhadores

 
Prezados colegas,

A Aduneb se encontra do mesmo lado da luta e da história...

Em diversas oportunidades, nossa seção sindical convidou o conjunto da categoria para debater a conjuntura política brasileira, a exemplo dos editais de convocação de Assembleia Geral Docente, publicados em 04.04.16 (leia aqui) e 16.05.16 (leia aqui), local democraticamente apropriado para tirarmos posicionamentos. No entanto, mesmo custeando as despesas com deslocamento, não tivemos a presença dos senhores no debate democrático que fizemos. Portanto, não podemos nos comportar como vereadores sindicais para falar pela categoria sem a decisão da mesma. Os princípios que defendemos, como forma de organização sindical, têm por base o amplo debate e a tomada de decisões nos fóruns democráticos da seção sindical, e não através de práticas cupulistas que falam em nome da categoria sem devida consulta. 

Queremos deixar muito nítido que, em várias oportunidades, nos posicionamos contra o impedimento da presidente da República (vide o último jornal impresso, os boletins eletrônicos e notas como a do dia 10.05.16 (leia aqui), declaração de diretores em eventos públicos bem como o ato que ocorreu na Uneb). Contudo, acreditamos, por pensarmos dialeticamente, que esse processo deve ser examinado em sua complexidade, tendo como eixo orientador os interesses dos trabalhadores e, no nosso caso, na defesa da universidade pública e da categoria docente. 

Para além do embate do impedimento da senhora presidente, temos uma agenda de trabalho que não foi descoberta agora. Talvez alguns, em seu compromisso com reitorias e com governos (estadual e federal), não tenham podido examinar e comparecer aos enfrentamentos que essas demandas têm exigido.

O governo federal na gestão da aliança PT/PCdoB/PMDB/PP/PR e congêneres, atacou de forma violenta os direitos dos trabalhadores; o governo da Bahia modificou a previdência, retirou direitos trabalhistas, está ameaçando o estatuto do magistério (vide o caso da licença sabática), confisca o salário (em virtude da inflação) quando não executa o reajuste linear na data-base e, essa mesma coalizão de forças, mesmo atacada por setores reacionários no Brasil, envia para o congresso nacional o PLP 257/16 que, em caso de aprovação, liquida o serviço público em nosso país. 

A Aduneb se soma à palavra de ordem do Fora Temer, compreendendo que se trata de um governo ilegítimo: isso foi aprovado em nossa assembleia. Esse foi o teor da nota que tiramos no dia 2 de junho e que foi enviada por postagem para toda a categoria no dia 3, pela manhã (leia aqui). Apesar do registro desse fato importante, novamente nos confrontamos com uma cobrança, cujo teor é uma provocação de quem não quer dialogar, dificultando a mobilização de todos os trabalhadores para lutar contra o governo ilegítimo e fazer avançar a unidade na luta.

Precisamos, neste momento, da articulação de forças e não de posturas que não levam em consideração as ações do nosso sindicato e que quer desgastá-lo perante a categoria. A quem serve esse tipo de atitude?

As ilações que são desferidas, através da arte da tesoura, à CSP-Conlutas, é um velho instrumento para usar a retórica no sentido da desqualificação daqueles que pensam diferente. Trata-se de um ataque à Aduneb por ser filiada a essa central sindical, ou seja, situação que nunca foi questionada aparece agora de forma distorcida numa atitude que não desvela suas intenções reais. No entanto, os três pontos colocados pelos missivistas (?) desvelam o caráter do debate apresentado: ataque ao sindicato, sugestão de desfiliação (é bom lembrar que alguns que assinam a missiva nem são filiados) e tentativa de enquadrar o sindicato nos contornos do reordenamento da perspectiva eleitoral. Talvez, devamos, mais uma vez, afirmar uma consigna: é preciso ter coragem para ter independência de classe, de governos e reitorias. 

Registramos, mais uma vez, o nosso perene compromisso: estaremos sempre ao lado da luta dos trabalhadores, com o compromisso revigorado de convocar os colegas para o enfrentamento necessário em defesa da universidade pública e da categoria docente.

Numa palavra: a hora é de unidade dos trabalhadores. Fora Temer!