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Bancada conservadora da Alba impõe retrocesso ao Plano Estadual de Educação



 A noite de quarta-feira (04) demonstrou o profundo retrocesso e conservadorismo por que passa a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Em votação conturbada foi aprovado, por ampla maioria dos deputados, o Plano Estadual de Educação (PEE). Antes da votação, manobras da bancada evangélica, apoiada por representantes de outros setores conservadores, retiraram do projeto original trechos que faziam menção a gênero, sexualidade e também questões raciais/étnicas e religiosas.

De acordo com representantes dos movimentos sociais presentes na votação, cinco artigos do projeto original que faziam menção aos temas gênero e diversidade sexual foram arrancados e substituídos por “respeito e diversidade”. Para a diretoria da ADUNEB, o texto aprovado em nada dialoga com os movimentos sociais a as camadas mais oprimidas da sociedade. A aprovação do PEE modificado evidenciou o forte avanço da ofensiva conservado. É necessário de todas/os os lutadores denunciem o desserviço dos deputados baianos à educação e a sociedade, que impactará na luta os movimentos negro, das religiões de matriz africana, feminista, LGBT e outras minorias. Ainda segundo os professores da ADUNEB, a padronização imposta pelo termo “diversidade” foi colocada, de maneira proposital, para retirar as especificidades necessárias aos diversos grupos sociais em questão. 
 
Pior ainda
 
Se dependesse da vontade do deputado Pastor Sargento Isidório (PDT) o retrocesso seria ainda maior. O parlamentar que representa grupos evangélicos teve uma Emenda negada ao PEE, que dispunha sobre o ensino do criacionismo nas escolas. De acordo com o site Correio 24 Horas, após a votação, Isidório ainda provocou os manifestantes presentes à Alba: “Não vai ter conversa de homossexualismo (sic) nas escolas. Quem quiser ser homossexual vá para um motel, para as quatro paredes, como dizia Agnaldo Timóteo".
 
Fortes na luta
 
Apesar do retrocesso, a ADUNEB conclama todas/os os lutadores das causas relacionadas a questões de educação, gênero, racial, religiosas e demais setores oprimidos a seguirem fortes na luta. A ofensiva conservadora tenta empregar sua pauta, mas a garra, a força da militância e a união de todos farão a diferença nos diversos espaços políticos e de deliberação pública. Juntos somos fortes! Não passarão!