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Corte de Insalubridade – Plenária do DCV decide por paralisação total das atividades



 Protesto será em dias alternados. Descaso do governo Rui Costa faz aumentar indignação e mobilização da comunidade acadêmica

A plenária de professores e estudantes do Departamento de Ciências da Vida, do Campus I (DCV-I), realizada na tarde desta terça-feira (16), na Reitoria da Uneb, decidiu por uma agenda de paralisações de todas as atividades dos cursos de saúde, do campus de Salvador. Segundo os manifestantes, que lutam pela reimplantação dos adicionais de insalubridade, cortados de maneira arbitrária, em novembro (leia mais), pelo governo Rui Costa, o aumento da radicalização foi necessário diante do descaso do governador com o direito trabalhista arrancado dos docentes. Até então estavam paralisadas apenas as atividades práticas (leia mais). As portas do DCV-I estarão fechadas em dias alternados e serão acompanhados de um intenso calendário de mobilizações, que denunciará à sociedade a ação do governo petista que prejudicou o orçamento de centenas de famílias. A paralisação inclui todo o atendimento de saúde feito à comunidade soteropolitana.

Durante a plenária a assessora jurídica da ADUNEB fez o repasse à categoria sobre o histórico da luta judicial, que o sindicato tem travado com o governo do estado, desde o momento em que a insalubridade foi cortada. Além de um Mandado de Segurança, que está sendo analisado pela justiça, a ADUNEB reforçou junto aos docentes a orientação já divulgada em matéria no dia 29.01, na qual solicita que os professores prejudicados, filiados, compareçam ao sindicato para a formalização de ações individuais, que também serão encaminhadas à justiça. 

Nesta quinta-feira (18) o corte do adicional de insalubridade também estará na pauta da reunião do Fórum das ADs, que acontecerá em Ilhéus. Juntos, os professores das quatro Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) discutirão encaminhamentos para o problema. Os docentes ainda tentarão viabilizar uma reunião das assessorias jurídicas das Associações Docentes das Ueba. O objetivo será a troca de experiências e a construção de novas estratégias que obriguem o governo a recompor o adicional retirado.

Plenária na Reitoria da Uneb

Para os professores do Movimento Docente a luta contra o ataque do governo do Estado precisa ser intensa, e feita a partir da união de toda a comunidade acadêmica. O corte arbitrário da insalubridade foi uma ação, acima de tudo, política do Palácio de Ondina. Rui Costa elegeu os servidores públicos da Bahia como seus principais inimigos. A opção governista é cortar na carne do funcionário público, com a retirada de direitos trabalhistas históricos. A meta é fazer superávit primário e engordar os cofres do Estado as custas do bolso do trabalhador.

Outra decisão da plenária foi a construção de uma pauta unificada com o Movimento Estudantil do DCV, fato que aumentará a união e dará ainda mais força às mobilizações. Até o final desta semana a Comissão de Mobilização divulgará quais serão os primeiros dias de paralisação, que acontecerão já na próxima semana. 

Ao final da reunião professores e alunos realizaram uma caminhada, que foi da Reitoria ao prédio do DCV. No local fizeram um ato de protesto com o intuito de mostrar a gravidade do problema e tentar sensibilizar mais docentes e estudantes para aderirem ao movimento reivindicatório.