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Congresso do ANDES-SN – ADUNEB fez importantes contribuições



 Encontro Nacional do Setor será organizado pela ADUNEB e acontece no segundo semestre em Salvador


O 35º Congresso do ANDES-SN foi realizado de 25 a 30 de janeiro, em Curitiba, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Com a importante participação da ADUNEB nas discussões, os aproximadamente 500 docentes que participaram da atividade puderam debater e avançar em questões relativas à defesa da categoria docente e da educação pública superior gratuita. O Congresso do ANDES-SN ocorre anualmente e é o espaço mais importante de deliberação do Movimento Docente do país.

Durante as discussões foi definida a centralidade da luta deste ano: “Defesa do caráter público, democrático, gratuito, laico e de qualidade da educação, da valorização do trabalho docente, dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores, com a intensificação do trabalho de base e fortalecimento da unidade classista com os movimentos sindical, estudantil e popular, na construção do projeto da classe trabalhadora”.

Com relação a política de formação sindical, o debate foi intenso e ocorreram importantes deliberações, a exemplo da aprovação de um seminário nacional sobre a questão da precarização do trabalho docente nas instituições de ensino. Também acontecerá um curso nacional de formação sindical, que será organizado por meio do Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS). A expectativa é que se possa realizar dois cursos em cada semestre deste ano.

ADUNEB contribui com o Setor das Iees/Imes

Nas discussões específicas do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) foi deliberado que o próximo Encontro Nacional do Setor será organizado pela ADUNEB, em Salvador, no segundo semestre de 2016. Também foi acordado que a semana de lutas do setor, realizada nacionalmente, acontecerá de 23 a 27 de maio, tendo como foco a luta por maior orçamento às universidades.

Outro debate importante no setor das estaduais, iniciado pela ADUNEB e demais Associações Docentes com característica de multicampia, foi a necessidade de que o Sindicato Nacional amplie as discussões sobre a organização sindical e a precarização do trabalho na multicampia, locais em que a mobilização é considerada mais difícil pela estrutura diversificada e complexa. 

Base Nacional Curricular Comum

A partir das discussões levadas pela ADUNEB ao Congresso, a plenária deliberou que a diretoria do ANDES-SN publique uma nota exigindo do Ministério de Educação (MEC) a ampliação do prazo para o lançamento da Base Nacional Curricular Comum. O objetivo do Movimento Docente é possibilitar a ampla discussão do tema, visto a importância do assunto e o fato do mesmo ser feito apenas virtualmente. Para a diretoria da ADUNEB é fundamental que os debates sobre a proposta do MEC aconteçam também por meio de audiências públicas, do diálogo com associações, etc.

Segundo os docentes, o projeto de Base Nacional Curricular Comum, proposto pelo MEC, tem a intenção de padronizar os currículos do ensino médio de todas as regiões do país. A ação do governo federal é duramente criticada por associações nacionais, como a dos docentes de história (Anpuh) e Ciências Sociais (Anpocs), pois não respeita as diversidades culturais das várias regiões do país. Além disso, é muito mais voltada à aprovação do aluno no ENEM, do que na formação do indivíduo. 

Cartilha contra opressão

Uma importante conquista que teve a participação da ADUNEB no Congresso foi a discussão do Texto de Resolução (TR), elaborado pela diretoria do ANDES-SN. O documento reafirmou a importância da construção da cartilha informativa didática contra todas as formas de opressão às minorias.

A elaboração da cartilha que está em andamento, pelo Grupo de Trabalho (GT) nacional de políticas de classe para gênero, sexualidades, raça e etnias, foi uma deliberação do 7º Conad Extraordinário do Sindicato Nacional, a partir de um TR proposto pela ADUNEB. A expectativa é que a cartilha seja concluída até 20 de fevereiro, e lançada no II Encontro Nacional de Educação, no segundo semestre, em Brasília.

Ainda sobre o combate à opressão, a plenária também deliberou pela realização de cursos de formação por meio do GT de Formação Política. O acordado é que o GT não tenha um módulo específico sobre o tema das opressões. Todos os módulos, sejam sobre política, economia etc, terão textos e debates sobre as opressões, pois entende-se que o assunto não é apenas transversal, mas também estruturante.