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Sindicato alerta sobre a falta de acessibilidade a surdos na Uneb

 Preocupadas com a acessibilidade das pessoas surdas na Uneb, representantes do Sindicato dos Tradutores, Guias Intérpretes e Intérpretes de Língua de Sinais do Estado da Bahia (Sintilsba), procuraram a ADUNEB nesta segunda-feira (13). 

As representantes sindicais trouxeram a preocupação quanto à demora da Uneb no cumprimento do Decreto Federal Nº 5.662, de 22 de dezembro de 2005. Segundo o Artigo 23 da norma (leia aqui) , as instituições de ensino, desde a educação básica até a superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação. O parágrafo 2º do citado artigo regulamenta que “As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação”. O Decreto informa ainda que o prazo para a adequação a nova legislação é de dez anos, portanto, com vencimento em 22 de dezembro deste ano. 
 
Segunda as professoras que estiveram na ADUNEB, grande parte das atividades promovidas pela universidade não está adequada aos surdos e demonstra não ter preocupação alguma com a acessibilidade. A ausência do profissional tradutor intérprete de libras é sentida tanto nos eventos e atividades acadêmicas, quanto nas salas de aula em auxílio a possíveis estudantes surdos. 
 
O problema, além de não estar de acordo com Decreto Federal, é uma agressão social, pois faz com que as pessoas surdas fiquem à margem da sociedade, passando ainda por constantes constrangimentos.
 
Para as sindicalistas, as poucas atividades da Uneb que oferecem acessibilidade aos surdos recorrem à contratação de profissionais. A atitude, além de gerar alto custo à universidade, utiliza como expediente contratos temporários. 
 
Conhecida por ser a primeira universidade brasileira a implantar o sistema de cotas raciais, com discurso de universidade acessível às minorias, o que se espera da Uneb, segundo as diretoras do Sintilsba, é a contratação de profissionais concursados, que possam suprir efetivamente as demandas de todos os campi da universidade.