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Estudantes são ameaçados por PMs fardados e armados dentro do campus universitário




No Campus XIII, Itaberaba, estudantes reclamam da presença de policiais militares (alguns estudantes da instituição) fardados e armados no interior da universidade. Segundo Karine Nascimento, estudante de Letras, desde o mês de agosto o movimento estudantil identificou a presença desses policiais armados dentro do Campus. Para a estudante, “a presença da farda e da arma de fogo dentro da universidade opõe-se ideologicamente a emancipação. Pressupomos que a repressão não garante a educação”.

Diante da situação de ameaça constante, os estudantes solicitaram ao Conselho de Departamento esclarecimentos e providências sobre a situação. Segundo Karine, a partir de então, se intensificou a presença de policiais fardados. Ainda segundo a estudante, durante discussão com os policiais, “eles ameaçaram chamar a viatura e prender os estudantes por desacato a autoridade”.

Na última terça-feira, os estudantes se reuniram com o Reitor, a Pró-Reitoria de Extensão e o Procurador Jurídico na busca por soluções para a situação. Na reunião foi orientado ao Departamento estabelecer uma norma interna que proíba a presença de policiais armados. Ficou, ainda, sob a responsabilidade da Pró-Reitoria de Extensão e do Procurador Jurídico garantir o firmamento dessa norma entre o Departamento e o Comando da Polícia.

Para a ADUNEB, é inadmissível a convivência de armas no campus universitário. Na universidade o policial não está a serviço, ao contrário, está desempenhando uma atividade civil (a de aluno), junto com outros civis e, portanto, não deve estar fardado e nem portando armas. A presença da polícia no campus nos lembra os momentos de repressão ao ME na ditadura militar que não queremos reviver.

Presente em Itaberaba, na semana passada, para palestra sobre a LEI 7176/97, o diretor da ADUNEB, Abraão Felix, levou solidariedade ao movimento estudantil na luta contra a PM fardada e armada no Campus.