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Pauta interna – Reitoria tenta enrolar, mas Comando de Greve exige posicionamento dos gestores



 Em reunião tensa realizada nesta terça-feira (21), o Comando de Greve da ADUNEB exigiu posicionamento e vontade política da Reitoria para o avanço da pauta interna, sobre as reivindicações 2015 da categoria docente. A atividade reuniu representantes da Administração Central e os professores do sindicato. A participação do Reitor também era prevista, mas, José Bites, não compareceu, pois estaria em uma reunião do Fórum dos Reitores. 

O primeiro tensionamento aconteceu logo no início da reunião. Professores da ADUNEB, em respeito a uma deliberação de Assembleia Geral (AG), informaram que não discutiriam com a Comissão de Mediação criada pelo Reitor no começo da greve, com o intuito de dificultar as negociações. Os docentes só aceitaram continuar a reunião após serem informados que se tratava de outra representação, criada a partir da ocupação da Reitoria, para dar encaminhamento às demandas da pauta interna docente.
 
Durante a reunião, a expectativa dos professores é que se discutisse e avançasse em todos os 18 itens da pauta, que seriam trabalhados em 12 grupos de trabalho ou comissões. A metodologia de trabalho foi proposta pelo próprio Reitor, e consta na ata da reunião realizada em 16 de junho. Para a indignação do Movimento Docente (MD), os gestores da Uneb informaram sobre a criação de apenas duas comissões: de orçamento da universidade e pesquisa e pós-graduação. As demais seriam pensadas após o final da greve.
 
Ponta da mesa vazia - ausência do Reitor
 
Para os docentes da ADUNEB, a atitude da Reitoria evidencia que a administração central parece não estar atenta ao momento político de greve, à importância da pauta em questão e a necessidade da rapidez nos encaminhamentos. É durante o movimento paredista que se intensificam os debates sobre os caminhos a seguir da universidade. 
 
Na tentativa de enrolar o MD, vários pontos de extrema importância foram intencionalmente menosprezados pelos gestores, a exemplo da implantação da Estatuinte, a regionalização dos serviços médicos, a instalação de creches, restaurantes universitários, passagens e deslocamento docente a trabalho, comissão de conciliação sobre assédio moral, revalidação de diplomas, entre outros. 
 
Diante das veementes críticas e da exigência do Comando de Greve, o Pró-Reitor da PGDP, Marcelo Ávila, informou que as demais comissões e grupos de trabalho serão criados o mais rápido possível. “Estou falando em nome do Reitor. Estamos aqui para negociar todos os pontos (da pauta)”, se comprometeu o gestor.
 
Por solicitação da ADUNEB, uma reunião foi pré-agendada para a próxima segunda-feira (27). A pauta será especificamente para se formatar a metodologia das discussões sobre o processo da Estatuinte. Sobre os outros pontos da pauta, o MD sugere que a administração central, representada na fala e comprometimento do Pró-Reitor Ávila, de forma urgente, organize as comissões e comece a solucionar os problemas. Os professores não fogem à luta. A greve, que já dura 71 dias, é a prova da força do Movimento Docente.